Vanguarda significa frente, dianteira, parte anterior. A palavra tem origem na língua francesa, com a expressão avant-garde. Anteguarda é uma palavra menos utilizada, mas tem o mesmo significado de vanguarda.
O significado de vanguarda, na linguagem militar, indica a parte do pelotão que vai à frente da tropa para o combate.
Por extensão, vanguarda passou a identificar aquele que vem na frente, com ideias inovadoras e, por isso, é utilizado em literatura e nas artes para definir estéticas inovadoras.
A Vanguarda Europeia surgiu no século XX no período da Primeira Guerra Mundial e se estendeu após seu fim. Esse período caracteriza-se por movimentos inovadores na literatura, nas artes plásticas, no cinema, na música e na arquitetura. As propostas eram provenientes de diferentes países e todas tinham o mesmo objetivo: romper com todas as estéticas anteriores, dar mais liberdade ao artista, expressar a subjetividade e extravasar os horrores da guerra.
Os mais conhecidos movimentos da vanguarda europeia foram o Futurismo, o Cubismo, o Expressionismo, o Dadaísmo e o Surrealismo.
O Futurismo é um dos primeiros movimentos de vanguarda a surgir, é caracterizado por pinturas com cores fortes, remetendo à violência e por uma literatura com palavras também violentas. É a expressão da guerra e foi uma estética muito utilizada na Alemanha nazista.
O Cubismo tem como grande expoente o pintor Pablo Picasso, o Dadaísmo é a revolta contra a burguesia e a ordem, o Expressionismo é a materialização de imagens que surgem na mente do artista e o Surrealismo é baseado nos estudos do mundo dos sonhos feitos por Freud.
A Vanguarda brasileira é o reflexo da europeia e tem seu início oficial, exposto ao público, com a polêmica Semana de Arte Moderna que aconteceu em São Paulo, em 1922. A Semana, que durou apenas três dias, foi patrocinada pela oligarquia paulista e iniciou o movimento Modernista no Brasil.
Dentre as polêmicas, encontramos Mário de Andrade recitando o poema “Os Sapos”, de Bandeira. O poema, que era uma crítica ao Parnasianismo e comparava os poetas parnasianos a sapos, foi recebido com muitas vaias pelo público.
Outro vaiado foi o compositor Heitor Villa-Lobos, que chegou para sua apresentação calçando sapato em um pé e chinelo no outro.
Outros nomes importantes que figuraram na Semana de Arte Moderna são Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Victor Brecheret e Tarcila do Amaral.
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