Tulipa negra é uma planta ornamental, possuindo uma flor solitária formada por seis pétalas. Sua haste é reta e pode atingir até 60cm de alguma, tendo folhas alongadas na haste. Por sua beleza, a tulipa negra representa a elegância, a sofisticação, carregando por isso o título de “rainha da noite”.
Tulipa é uma planta da família das liliáceas, que possui grandes pétalas, e seu nome é proveniente do árabe, “tulipan” ou “tulbant”, referindo-se ao turbante, por haver semelhança entre a flor e a cobertura usada na cabeça pelos árabes. A flor surgiu na Europa por volta de 1600 e, em pouco tempo, a palavra foi adaptada para os diversos idiomas europeus com pequenas variações: tulipano, na Itália; tulipa, em Portugal; tulip, na Inglaterra; tulpe, na Alemanha; tulipe, na França e tulipa, na Holanda, país que popularizou a flor.
A tulipa não aparece somente na cor negra, ostentando mais de cem variedades, com inúmeras cores, sendo que muitas delas são obtidas através de cruzamentos, criando novas tonalidades. A tulipa negra, por exemplo, carrega na flor tons de vermelho e azul muito densos, que se confundem com o negro.
A tulipa é uma planta adaptada ao clima frio. Sua multiplicação ocorre por bulbos e é cultivada no fim do verão e início de outono, com a floração acontecendo somente no início da primavera e durando entre 6 e 10 dias.
Muitos consideram que a tulipa é a principal fonte do ópio, devido à semelhança entre ela e a planta que fornece a matéria prima para essa droga, a papoula. Inclusive, em muitos lugares, a papoula é chamada de tulipa do ópio.
Existe uma lenda antiga sobre a tulipa negra, considerando que ela teve origem no drama de amor vivido por uma jovem persa, que era apaixonada por um jovem de sua região. Como seu amor não era correspondido, ela fugiu para o deserto após ser rejeitada e, andando, ia chorando. Suas lágrimas, ao cair no chão, tornavam-se os bulbos que produziram as tulipas negras.
“La Tulipe Noire” é o título original do romance de Alexandre Dumas Pai, famoso escritor francês do século XVII. Traduzido literalmente como “A Tulipa Negra”, o livro conta a história de um jovem botânico, Cornélio Van Baerle. A história tem início em 1672, em Haarlem, na Holanda, onde foi realizado um concurso oferecendo uma importância milionária para a época, 100 mil florins, a quem conseguisse produzir uma tulipa negra.
A história se desenrola com a competição entre os mais brilhantes botânicos da época, e Cornélio não consegue concluir seu trabalho, por ser condenado à prisão. Ali, conhece a jovem Rosa, por quem se apaixona, e que irá ajudá-lo em seus intentos.