Tuberculose ganglionar é uma expressão. Tuberculose é um substantivo feminino que tem origem no Latim tuberculus, diminutivo de tuber, que significa “tumor, inchaço”, possivelmente originário de tumere, que quer dizer “inchar”.
Já ganglionar é um adjetivo de dois gêneros. Por estar relacionada com o termo gânglio, sua origem é a do Grego ganglion, que significa “tumor subcutâneo”.
O significado de Tuberculose ganglionar descreve uma doença infecciosa que se caracteriza pela presença do microrganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, a bactéria que também causa a forma mais tradicional da doença.
A tuberculose ganglionar, portanto, é bacteriana.
A doença atinge os gânglios linfáticos – também denominados de linfonodos –, que são pequenos órgãos de defesa situados em diversas partes do corpo humano. Geralmente, a doença acomete os gânglios linfáticos da região do pescoço e tórax, mas também pode atingir as axilas, virilha e a região do abdômen.
Entre os fatores de risco da tuberculose ganglionar, se destaca o contato com uma pessoa que já tenha a doença. Entretanto, para que a doença se manifeste é necessário que o sistema imunológico da pessoa esteja debilitado. Nesse caso, é comum que a tuberculose ganglionar seja mais propensa de ocorrer em pessoas:
Além disso, a baixa imunidade pode ser causada por alguns outros fatores, como o tabagismo e o alcoolismo.
A tuberculose ganglionar tem como causas principais a baixa no sistema imunológico e a reativação da doença, já que a bactéria deixa de ficar incubada. Entretanto, os médicos afirmam que essa doença pode ser causa também pelo estresse.
A transmissão da tuberculose comum acontece através da inalação de gotículas contaminadas, podendo ocorrer por tosse, espirro ou pela fala.
No caso da ganglionar já há possibilidades de transmissão de pessoa para pessoa, pois ela é considerada um tipo de tuberculose extrapulmonar, isto é, uma tuberculose que não afeta os pulmões. Sendo assim, a doença não tem como ser transmitida por meio das secreções respiratórias.
Os sintomas da tuberculose ganglionar são diversos por conta de esta doença poder acometer qualquer grupo de gânglios do corpo. Porém, a maior parte dos casos da tuberculose ganglionar ocorre próximas ao pescoço. Os sintomas são:
O diagnóstico da tuberculose ganglionar é realizado por meio de exame de ultrassonografia e análise de material ganglionar (aspiração do gânglio linfático), coletado através de agulha ou biópsia.
O material extraído é submetido a um exame histopatológico, exame direto e cultura específica para microbactérias.
O tratamento para tuberculose ganglionar consiste na administração de quatro tipos de antibióticos em um período de seis meses (no mínimo, e até um ano, no máximo) de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde e do médico especialista.
Embora longo, o tratamento é bastante eficaz e não traz dores, bem como não pode ser parado, pois se certas bactérias não forem atingidas pelo efeito do antibiótico, poderá acontecer de surgir cepas mais resistentes.
É recomendado que um paciente com tuberculose ganglionar faça repouso, além de garantir um reforço na alimentação já que os medicamentos podem gerar uma carência de vitaminas que só os alimentos poderão suprir.
A tuberculose tem cura, mas o paciente deve ser firme com o tratamento.
Se não for tratada, a tuberculose ganglionar pode ocasionar o hipercrescimento do gânglio, o que pode acabar comprimindo estruturas importantes que estão próximas, como as veias e as artérias do pescoço. Em algumas situações, o gânglio também pode acabar se rompendo.
Para prevenir a tuberculose é importante que se imunize as crianças através da vacina BCG (crianças soropositivas ou recém-nascidos que possuem sinais ou sintomas de AIDS não devem receber esta vacina). A prevenção da tuberculose (tratando-se de todos os tipos existentes) ainda inclui:
A tuberculose ganglionar é um tipo relativamente raro de tuberculose. Já a tuberculose pulmonar é a forma mais frequente de apresentação: é o diagnóstico de 85% dos casos. Na realidade, o mesmo bacilo é responsável por esta tuberculose – essa bactéria pode acabar afetando pulmão, coração e pleura, por exemplo.
A tuberculose ganglionar se tornou amplamente conhecida por causa da cantora sertaneja Simaria, da dupla Simone e Simaria.
A notícia da internação de Simaria no Hospital Sírio-Libanês em abril de 2018 chamou a atenção dos fãs. A doença, até antes de ser diagnosticada, provocava sintomas como emagrecimento, alterações gastrointestinais e estafa (devido a uma intensa agenda de compromisso).
O diagnóstico na cantora foi possível pelo aumento do gânglio supraclavicular e análise histopatológica.
A tuberculose ganglionar fez com que Simaria ficasse afastada dos seus compromissos por no mínimo 30 dias e teve a oportunidade de fazer o tratamento em casa com observação médica. O tratamento envolve uma alimentação a cada duas horas, medicamentos prescritos pelo médico e muita água.
Com o sistema imunológico debilitado, a internação de Simaria fez com que ela descobrisse outros problemas de saúde, como a presença da H. pylori (bactéria que pode causar câncer no estômago) e anemia.
Culpa da doença, a cantora chegou a alcançar 42 quilos. Ela alegou que a tuberculose ganglionar pode ser uma doença silenciosa, mas que ela ser descoberta se a pessoa se apresentar sempre com bastante cansaço, sem força e energia para nada, além de te febre no final da tarde.
Há bastante dúvidas sobre a relação entre a tuberculose ganglionar e linfoma. Entretanto, elas possuem similaridade apenas no sistema que é acometida a doença e seus sintomas.
Assim como a tuberculose ganglionar, o linfoma se caracteriza pelo aumento dos gânglios linfáticos (linfonodos), também principalmente na região do pescoço, clavícula, axila e virilha.
Linfoma é câncer, mas tuberculose ganglionar não. Ambas estão associadas com o sistema linfático e precisam e um exame histopatológico do gânglio comprometido para confirmação de diagnóstico.
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