Totalitarismo é um substantivo masculino. O termo vem de total, que é do Latim totalis, que quer dizer “total”, de totus, que é “todo, completo, inteiro”, mais –ismo, um sufixo de origem grega que serve para formar substantivos.
O significado de Totalitarismo, ou também chamado de regime totalitário, é um regime político que tem como ideia geral a presença de um líder de uma nação como controlador definitivo dos direitos dos cidadãos, ou seja, é um sistema de governo onde todos os poderes estão concentrados nas mãos do governante.
Da mesma maneira, tal regime designa um tipo de relacionamento onde o governo tem grande poder de intervenção sobre a vida dos cidadãos, onde supostamente essa atitude seria benéfica para o país em geral.
Dessa forma, não há qualquer espaço para a prática da democracia, muito menos da garantia dos direitos individuais, o que se sugere um caso de extrema e radical vigilância sobre a vida da população.
De um modo amplo, um Estado totalitário age com várias intervenções para que só exista um líder máximo e direto para o progresso material daquela nação.
As empresas estatais possuem grande destaque na área econômica dentro de um sistema totalitário, trabalhando em essência nos setores de tecnologia e indústria de base. Para o totalitarismo, o desenvolvimento dessas áreas é fundamental para que todos os outros setores da economia possam prosperar.
O totalitarismo pode também abordar qualquer tipo de governo onde um único partido político também seja o controlador das diversas instâncias do Estado.
De acordo com o pensamento totalitário, a existência de múltiplas orientações político-partidárias poderia causar prejuízos para os interesses da nação. Dessa forma, a existência de um só partido político é a característica marcante deste regime.
Além disso, por ser comandado por um líder absoluto, é comum o uso da força, violência e também de torturas (físicas e psicológicas) contra os indivíduos que são contrários ou desobedientes às leis de seu governo.
O conceito de regime totalitário foi desenvolvimento no início do século XX, logo após a Primeira Guerra Mundial. Durante esse período, aqueles países que estiveram em guerra por anos estavam pagando pelas consequências negativas, como o alto índice de desemprego e a extrema miséria.
Por causa desses fatores, muitas mudanças ocorreram nas estruturas sociais e políticas.
Um evento que promoveu essas alterações foi a Crise Mundial de 1929. Iniciada nos Estados Unidos, essa crise mostrou o fracasso do capitalismo e do liberalismo, incentivando assim a criação de medidas que pudessem recuperar a economia e, ao mesmo tempo fortalecer novamente o capitalismo, como, por exemplo, através da intervenção do Estado nos assuntos econômicos.
Contudo, muitos líderes partidários na Europa optaram por esse momento de crise para inserir outras ideologias políticas com base no forte sentimento de nacionalismo. Foi a partir daí que surgiu um dos maiores e terríveis exemplos de totalitarismo do planeta: o Nazismo, na Alemanha.
Por curiosidade, o primeiro Estado totalitário moderno foi o Stalinismo soviético, que surgiu por causa da Revolução Comunista de 1919, antes mesmo da Primeira Guerra Mundial acontecer.
Outros exemplos de regimes totalitaristas são a Itália fascista, a Espanha franquista e Portugal salazarista – todas surgidas durante as décadas de 30 e 40.
“As Origens do Totalitarismo” é o nome de um livro escrito pela teuto-americana Hannah Arendt que faz uma descrição e análise dos dois principais movimentos totalitários do século XX: o nazismo e o stalinismo. Na obra, a autora introduz a ideia de que o totalitarismo nazista e stalinista é voltado para a dominação do Estado sobre os cidadãos, em especial na forma com que eles despersonalizam cada indivíduo.
O governo totalitário se manifesta de formas bem claras:
Ou seja, mesmo que a grande parcela da população forme esse partido, ela não possui poder de decisão e de deliberação – isso fica somente para os dirigentes do partido ou do líder estabelecido.
O regime totalitário pode ser dividido no de Direita e no de Esquerda – alguns aspectos são similares no que tange à sua estrutura, mas a própria ideologia política é distinta.
O totalitarismo de direta é caracterizado por:
O Fascismo e o Nazismo são dois exemplos de governos totalitários de direita.
Veja o significado de Fascismo e Nazismo.
Já o totalitarismo de esquerda se destaca por:
O Stalinismo é o exemplo principal do totalitarismo de esquerda.
Veja o significado de Stalinismo.
Durante a metade do século XX, o Brasil passou por um regime totalitário por conta do governo de Getúlio Vargas. Tal período ficou conhecido como “Estado Novo”, pois se caracterizou pelo fechamento do Congresso Nacional e na transmissão total do poder para as mãos do presidente.
Tal governo também ficou marcado pelos vestígios de administração parecida com a do fascismo italiano.
O fim do totalitarismo no Brasil aconteceu graças à Segunda Guerra Mundial – o país fez declaração de aversão para com os regimes totalitários europeus.
Pode existir alguma confusão entre os termos Autoritarismo e Totalitarismo, porém ambos são sistemas políticos que abusam do poder para obter o máximo de controle possível da nação.
Contudo, o Autoritarismo tem relação com a ditadura, ou seja, onde não há liberdade de expressão dos cidadãos e qualquer conteúdo publicado pela imprensa primeiro precisa ser verificado pelo governo. Já no Totalitarismo, o governo tem total controle sobre todos os direitos básicos do cidadão, além da própria mídia.
No governo autoritário, o controle está nas mãos de um grupo de legisladores, enquanto que no totalitarismo o foco é apenas em uma figura governante.
Veja também o significado de Ditadura.
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