Teocentrismo é um substantivo masculino. O termo se deriva de Teocracia, que tem origem no Grego theos, que significa “deus”, mais kratos, que quer dizer “poder, regime”.
O significado de Teocentrismo representa uma doutrina que considera Deus o centro de todo o Universo, estando baseada nos preceitos da Bíblia.
De acordo com o Teocentrismo, Deus seria o responsável pela criação de tudo o que existe no Universo, ou seja, é o responsável por todas as coisas.
O Teocentrismo vigorou na Idade Média, sendo o oposto às doutrinas que surgiram posteriormente – a doutrina Antropocentrista e Humanismo renascentista – que acreditavam que o homem é o centro do mundo.
Essa filosofia crê que o “desejo divino” era visto como superior a qualquer racionalidade ou vontade do ser humano, por isso qualquer pensamento que não era entendido como sagrado era definido como pecaminoso, como, por exemplo, o prazer dos homens.
O foco do Teocentrismo é valorizar o pensamento sagrado.
O Teocentrismo medieval considerava a Bíblia cristã e Deus como as duas únicas verdadeiras existentes. Pensamentos empíricos ou científicos não eram aceitos, sendo reprimidos pela Igreja naquela época para que a mentalidade teocêntrica ainda permanecesse firme na população mesmo após os séculos.
Durante séculos, portanto, a figura central e salvadora era Deus.
No período da Idade Média, a Igreja era a grande detentora de poder ao lado da nobreza, por isso o controle da vida da população, inclusive no âmbito cultural ou político, era extremo.
Quem criticasse ou questionasse os dogmas da Igreja era considerado como “filho do diabo”, podendo sofrer castigos e até mesmo a morte.
Muitas pesquisas científicas realizadas na época da Idade Média foram essenciais para mudar a mentalidade do povo europeu.
A doutrina teocêntrica abrange a ideia de Deus – isso domina o pensamento teológico cristão. Quem foi o responsável por este pensamento foi Santo Agostinho, que discorria sobre a salvação espiritual e sobre a condição do homem no mundo.
Santo Agostinho concluiu que existe uma dupla origem do homem: a origem divina e a origem do pecado original.
Naquele tempo, Santo Agostinho apontava em suas exposições a corrupção humana por meio do pecado original, por isso o homem acabou sendo considerado uma criatura inferior e imperfeita, criada por Deus e que precisa de sua salvação.
As características principais do teocentrismo são:
O direito divino era superior a qualquer outra racionalidade ou crença.
A influência da Igreja na Idade Média começou a se enfraquecer, ocorreu o enfraquecimento das monarquias, o questionamento do direito divino e o destaque ao homem graças ao surgimento de pensamentos antropocêntricos e renascentistas.
O surgimento do humanismo renascentista e de outros marcos sociais, históricos e filosóficos, no século XVI na Europa, estimularam o nascimento da ideia do antropocentrismo.
Veja também o significado de Humanismo.
Um desses marcos que mais merecem destaque é o Heliocentrismo de Copérnico que responsabilizou-se com o desenvolvimento do antropocentrismo. Para Nicolau Copérnico, a Terra girava ao redor do Sol, conceito contrário ao modelo geocêntrico (que a Terra é o centro do sistema solar).
Com a crise da Idade Média, da Igreja e com o começo das grandes navegações marítimas, aliadas ao Heliocentrismo, a mudança da mentalidade da população europeia foi ainda mais notável.
Na cultura, as mudanças de pensamento e comportamento favorecem o fortalecimento do renascimento cultural e do humanismo renascentista.
Veja também o significado de Antropocentrismo.
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