Talibã é o nome de um grupo extremista revolucionário afegão que, por conta da violência empregada em suas ações (que violam totalmente os direitos humanos) passou a receber a classificação de organização terrorista por grande parte dos países ocidentais, entre eles os EUA e a União Europeia.
Devido ao posicionamento radical em prol das leis religiosas islâmicas, o grupo terrorista age de maneira severa contra aqueles que não seguem essas leis, conhecidas como Sharia.
A palavra talibã, significado que vem do idioma urdu (falado no Paquistão), quer dizer “estudante”. Esse grupo teve início em escolas religiosas em tribos da etnia pachtun, que ficam localizadas nas fronteiras entre o Afeganistão e Paquistão, isso no ano de 1994. Já no ano de 1996, foi instaurado o governo Talibã do Afeganistão.
A história do Afeganistão mudou quando as tropas ocidentais invadiram o país no ano de 2001, dando fim o regime Talibã. Em 2013, o líder principal do Talibã, Mohammed Omar, foi morto.
O posicionamento radical e extremista em favor das leis é o que tornou o significado do Talibã mais conhecido no mundo. Entre suas leis está a proibição a cultura ocidental.
As proibições às mulheres afegãs foi um dos aspectos do Talibã, significado que é explicado como o fato de elas serem impedidas de exercer uma profissão, de saírem em público desacompanhadas de um familiar do sexo masculino, entre outras. Além disso, não era permitido que as mulheres saíssem sem usar uma burca, vestimenta que cobre o corpo todo.
O Talibã, no entanto, não deve ser confundido com os terroristas da Al Qaeda. O Talibã age apenas na sua região, ou seja, não tem relação com ataques usando países ocidentais como alvo. Os talibãs e seus integrantes visam a recuperação do seu território, expulsando os invasores dos EUA e OTAN.
As táticas usadas pelo Talibã de forma a desestabilizar os inimigos são os homens-bomba e as guerrilhas. O Talibã e Al Qaeda são aliados, contribuindo entre si em relação a armas e dinheiro. Por essa razão, o Talibã acolheu Osama Bin Laden, um dos homens responsáveis por fundar a Al Qaeda, quando ele acabou sendo expulso de outros países.
O ataque mais conhecido do Talibã foi o cometido com a estudante paquistanesa Malala Yousafzai, no ano de 2012. Ela foi atingida por um tiro ao sair da escola. Na época, Malala tinha apenas 15 anos e já lutava em prol da educação das meninas e adolescentes no país.
Por conta desse ataque, ela ganhou destaque no mundo inteiro e continuou em seu ativismo em defesa da educação feminina. Aos 17 anos, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Uma das diferenças entre o Talibã e o Estado Islâmico que mais se destacam é a localidade onde cada um dos grupos age. Para o Talibã, principais ataques são cometidos na região do Oriente Médio, como Paquistão, Afeganistão e países próximos.
Outra diferença é que seus integrantes são formados, em sua maioria, por afegãos. Já o Estado Islâmico é formado por diversos árabes muçulmanos extremistas: os principais são os sunitas.
Em relação ao Estado Islâmico, seus ataques são direcionados para países do Ocidente. Além disso, os terroristas agem de forma mais radical se comparados aos terroristas do grupo talibã.
Recentemente, o Talibã e Estado Islâmico disputam o poder no Afeganistão. Isso vem acontecendo porque o Talibã deseja marcar a sua presença e, inclusive, vem atacando civis em grande escala, ao invés de focar apenas em alvos específicos.
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