Sociologia é um termo criado em 1838 pelo filósofo francês Augusto Comte em seu Curso de Filosofia Positiva, deriva de um hibridismo, isto é, do latim “sociu-” (sociedade, associações) e do grego “logos” (palavra, razão e estudo), e refere-se ao estudo sobre as a das sociedades humanas, seus respectivos padrões culturais, relações de trabalho, instituições e convívio social.
Embora Comte seja responsável por cunhar o termo, a criação da sociologia não é obra de apenas um cientista ou filósofo, mas sim o resultado do trabalho de vários pensadores determinados a compreender a situação em que se encontrava a atual organização social.
Desde Copérnico, a evolução do pensamento e do conhecimento era puramente científica. A sociologia veio então preencher a lacuna dos estudos sociais, surgindo após a elaboração das ciências naturais e de várias ciências sociais. Sua formação desencadeia um acontecimento complexo, acompanhando circunstâncias históricas e intelectuais e intenções práticas. O surgimento da sociologia como ciência ocorre num momento histórico determinado, que coincide com os últimos momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista.
A sociologia como ciência surgiu com a pretensão de unificar os estudos nas diversas áreas que sustentam as sociedades, analisando-os como um todo, a fim de compreende-lo integralmente, buscando encaixar os fenômenos investigados no contexto social.
Dentre as áreas integradas estão a história, a psicologia e a economia, principalmente. Além disso, a sociologia tem como foco de seus estudos as relações que, conscientemente ou não, se estabelecem entre as pessoas que convivem uma determinada sociedade ou grupo, ou entre os diferentes grupos que co-habitam uma mais ampla sociedade.
A disciplina, também tem como objetivo o estudo das relações que surgem e são reproduzidas, baseando-se na coexistência de diferentes grupos sociais e pessoas em uma maior sociedade, assim como os pilares que sustentam essas organizações. Como por exemplo, suas leis, instituições e valores.
A sociologia nasce no período em que a aglomeração nas grandes cidades, causada pela Revolução Industrial, dá origem à necessidade de se compreender os fenômenos sociais e a degradação por qual passava uma grande parte da sociedade européia.
A humanidade passa por transformações nunca vistas quando ocorre a revolução industrial e a francesa, repentinamente criando um novo modelo de produção (a sociedade capitalista) e uma nova forma de encarar a sociedade, sendo observando que poderia se entender a sociedade e seus mecanismos de forma científica, prevendo e muitas vezes controlando as massas de acordo com o necessário.
Compreende-se a revolução industrial como o fenômeno que determina o surgimento da classe proletária e o papel histórico que ela veio desempenhar na sociedade capitalista. Os seus efeitos catastróficos para a classe trabalhadora geraram uma um clima de revolta traduzido exteriormente na forma de destruição de máquinas, sabotagens, explosões premeditadas, roubos e outros crimes, que deram lugar ao surgimento de movimentos operários de ideologias revolucionárias (como por exemplo, o anarquismo, comunismo, socialismo cristão, entre outras vertentes), associações livres e sindicatos que permitiram um maior diálogo entre as classes organizadas, cientes de seus interesses com os proprietários dos instrumentos de trabalho.
Estes importantes acontecimentos e as transformações sociais verificadas despertaram a necessidade investigação mais aprofundada dos fenômenos que vinham ocorrendo. Cada passo da sociedade capitalista levava consigo a desintegração e o desmoronamento de instituições e costumes, para a compor-se em novas formas de organização social.
Nessa época, as máquinas não só destruíram o trabalho dos pequenos artesãos, como também obrigava-os à forte disciplina, e ao desenvolvimento de uma nova conduta e relações de trabalho até então desconhecidas.
Em 80 anos (entre o período de 1780 e 1860), a Inglaterra mudou drasticamente. Pequenas cidades se transformaram em grandes cidades produtivas e exportadoras. Estas transformações súbitas inevitavelmente implicariam em nova organização social, pela transformação da atividade artesanal em manufatureira e industrial, como também na emigração do campo para a cidade onde mulheres e crianças, em jornadas de trabalho desumana, recebiam salários que mal garantiam sua subsistência e constituía-se em mais da metade da força de trabalho industrial.
As cidades se transformaram em um completo caos, e visto que sem condições para suportar um rápido crescimento, deram lugar a diversos tipos de problemas sociais, tais como os surtos de epidemias de cólera, vícios, criminalidade, prostituição, infanticídio que dizimaram parte das suas populações, por exemplo.
Nas últimas décadas surgiram novos temas e para a investigação sociológica, como por exemplo: os impactos das novas tecnologias, globalização, automação dos serviços, novas formas de organização da produção, flexibilização das relações de trabalho, acirramento dos mecanismos de exclusão e et cetera.
Ramos da Sociologia
A sociologia divide-se em muitos ramos que estudam a ordem existente entre os diversos fenômenos sociais por múltiplas perspectivas, mas que são convergentes e complementares, diferindo-se apenas em seu objeto de estudo.
Entre as diferentes subdivisões criadas, as principais áreas são:
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