Simbolismo é um substantivo masculino. O termo é uma junção de “símbolo”, que vem do Latim symbolum, que significa “crença, marca, símbolo”, mais o sufixo –ismo, que é de origem grega, servindo como um formador de substantivos.
O significado de Simbolismo engloba um sistema de símbolos, isto é, uma maneira de se expressar onde uma pessoa utiliza símbolos para indicar fatos e ideias.
O simbolismo descreve a qualidade do que é simbólico, daquilo que se exprime por meio de símbolo.
Na área da Psicologia, o simbolismo é definido como a forma como os conflitos, tendências e desejos inconscientes adquirem representação indireta e figurada, tanto no indivíduo quanto na cultura (através de mitos, costumes, linguagem, entre outros).
Simbolismo também é um termo usado para descrever um movimento literário que surgiu no final do século XIX, na França, como uma forma de reação ao Parnasianismo e ao Naturalismo. Tal movimento se difere pela visão mais subjetiva, simbólica e espiritual do mundo, além de prezar pela atitude reflexiva e afetiva, valorizando a musicalidade verbal e a sutileza estética.
Na literatura, o simbolismo se classificou como um movimento poético iniciado graças ao soneto “Correspondências” de Charles Baudelaire. Porém, quem deu origem ao movimento foram outros autores, tais como: Paul Verlaine, Arthur Rimbaud e Stéphane Mallarmé.
Nas artes plásticas, o simbolismo foi bastante expressivo, pois tinha como característica a desvalorização da visão realista do Impressionismo, encorajando a expressão por meio de ideias e símbolos.
Os artistas enfatizavam a importância da emoção ao invés da razão, criando sua arte por meio da percepção, imaginação e entendimento, sem se preocupar com a observação e descrição do mundo físico. Ou seja, na maioria das vezes os artistas usavam a própria memória para pintar um objeto.
As pinturas que representaram o período do Simbolismo possuem aspectos bastante centrais: melancolia, sexualidade, espiritualidade e inquietação. Dessa forma, as imagens das telas representam pesadelos, sonhos, desordens e estados alterados, que foram posteriormente continuados pelo Surrealismo e o Expressionismo.
Para o simbolismo, o mundo que envolve os sentidos não é a realidade suprema, mas sim somente um reflexo de revelações absolutas ocultas.
O simbolismo não foi tão popular no Brasil quanto foi na Europa, pois o movimento parnasiano ofuscou o mesmo pelo apoio que o Parnasianismo teve da elite e pessoas de classes mais altas.
De toda forma, o simbolismo surge no Brasil em 1893 com Cruz e Souza, autor responsável pelas obras “Broquéis” e “Missal”, sendo considerado o maior representante do movimento no país, juntamente com Alphonsus de Guimaraens.
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Em Portugal, o simbolismo teve seu marco por meio da publicação do livro de poemas Oaristos, do autor Eugênio de Castro, no ano de 1890.
O movimento literário já influenciava Portugal por meio de determinadas revistas acadêmicas, como “Boêmia Nova” e “Os Insubmissos” – um de seus colaboradores era Eugênio.
Camilo Pessanha também se destaca como um grande representante do simbolismo português, que se prolongou até 1915, quando outro movimento começou a ter seu destaque na Europa: o Modernismo.
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