Serenidade é uma palavra classificada na gramática portuguesa como um substantivo feminino e diz respeito ao sentimento de algo que está tranquilo, assim como a qualidade de quem se encontra sereno. Etimologicamente, tanto a palavra sereno como serenidade possuem a mesma origem, ou seja, são variações do termo latino serenitas, o qual surgiu de serenus.
Quando se diz que alguém é dotado de serenidade, é porque essa pessoa enfrenta os problemas e situações adversas de forma calma, pacífica e inteligente. Como o sentimento de serenidade é frequentemente associado ao equilíbrio e tranquilidade, é comum ligá-lo a cor azul, cuja tonalidade transmite calma e relaxamento a quem a utiliza.
Reconhece-se uma pessoa serena quando a mesma não se deixa levar por emoções ou impulsos, mas age de forma temperada e racional. Consequentemente, ela evita problemas e o resultado de suas ações são mais acertados e até justos.
Assim como as pessoas, a palavra serenidade também pode ser empregada à natureza para descrever as condições físicas ou comportamentais de ambientes, plantas e animais. Como exemplo tem-se a frase: “Hoje pela manhã caiu uma chuva serena que foi excelente para aguar as plantas da praça”.
Elogio da Serenidade é o título do livro do filósofo italiano Norberto Bobbio (1909 – 2004) onde disserta que a serenidade é uma virtude passiva e que está ligada à não violência. Todavia, a mesma não deve ser confundida com a submissão e por isso mesmo ele discute, ao longo do livro, questões importantes como a tolerância.
Trata-se de uma oração que ganhou popularidade em grupos de auxilio mútuo que empregam o chamado “Programa de 12 passos” como é o caso dos Alcoólicos Anônimos, que é uma comunidade que atua voluntariamente para auxiliar homens e mulheres a abandonarem definitivamente as bebidas alcoólicas.
A origem da oração é incerta e hipotética. Um dos reivindicadores é o teólogo protestante Reinhold Niebuhr (1892 – 1971). Ele, que trabalhou no Union Theological Seminary, nos Estados Unidos, chegou a declarar que escreveu a Oração da Serenidade como uma espécie de introdução para um sermão como parte do Cristianismo Prático.
Em contrapartida, estudiosos e investigadores apontam que a primeira forma da oração tenha surgido com o filósofo romano Boécio (480 – 524), o qual escreveu a obra “Os consolos da Filosofia”.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o responsável pelo renascimento da vida espiritual na Alemanha Ocidental, o Dr. Theodor Willhelm aprendeu e divulgou a oração em uma de suas obras sem citar o respectivo autor.
Curiosamente, a Oração da Serenidade passou a ser encontrada em diferentes lugares, principalmente em locais públicos com a possível assinatura de Friedrich Oetinger que muitos acreditam que seja o pseudônimo adotado por Wilhelm.
A Oração da Serenidade inicia-se com o pedido a Deus para que conceda ao suplicante a serenidade para que possa aceitar aquilo que não é passível de modificação. Em seguida, duas importantes características são solicitadas: a coragem e a sabedoria; para que se possa modificar aquilo que consegue e conhecer a diferença existente entre ambas as coisas, respectivamente.
Esta oração reconhece a existência de Deus e é proferida geralmente pelas pessoas que buscam, de alguma forma, a paz. Além de membros dos Alcoólicos Anônimos outras pessoas adotam a Oração da Serenidade como uma prece que as auxilia a se manterem perseverantes e fortalecidas na fé para enfrentarem da melhor maneira os seus problemas rotineiros.
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