Senso Comum é o conjunto das noções comumente admitidas pelas pessoas, caracteriza o modo de pensar da maior parte dos indivíduos.
A definição de senso comum nos dias de hoje é o conhecimento popular transmitido de geração em geração e/ou o conhecimento empírico, aquele que é acumulado através das experiências, sem necessidade de comprovação científica; as noções que compõe o senso comum representam uma compreensão do mundo que nasce espontaneamente, a partir do que as pessoas deduzem de suas tentativas e erros.
O senso comum pauta a maior parte das decisões cotidianas das pessoas; decisões tomadas sem que se use para isso uma reflexão mais profunda.
A diferença entre o senso comum e o senso crítico está na forma como se formam os conceitos. Enquanto que o senso comum aceita os fatos passivamente, o senso crítico é baseado na crítica, ou seja, no questionamento, na investigação do conhecimento antes de acreditar.
O senso crítico é a alma da filosofia; é o que impulsiona o desenvolvimento de todas as ciências e surge a partir do questionamento daquilo que é aceito pelo senso comum.
É característica das ciências acreditar somente no conhecimento sistemático, aquele organizado e comprovado pelo método científico.
O conhecimento científico parte de “verdades” aceitas pelo senso comum e os submete aos seus métodos próprios para só então, afirmá-los.
Na filosofia, entende-se por senso a capacidade de sentir e julgar a partir das sensações.
A expressão senso comum aparece na filosofia pela primeira vez nos escritos deixados por Aristóteles. Para ele, senso comum era a capacidade geral de sentir, que possuía duas funções: compor a consciência da sensação, o “sentir do sentir” e o ato de apreender as sensações comuns a vários sentidos.
Para os escritores clássicos latinos, como Sêneca, o senso comum representava o modo comum de viver ou de falar e seria objetivo da filosofia o desenvolvimento do senso comum. Vico complementa a definição ao afirmar que o senso comum é um juízo sem reflexão, que todo gênero humano compartilha e usa em suas tomadas de decisões.
Na obra Investigação sobre o espírito humano segundo os princípios do senso comum, de Reid (filósofo da Escola Escocesa) escrita em 1764, o senso comum é tudo aquilo em que o homem acredita ou deveria acreditar; para esta escola de pensamento, o senso comum é o que deve ser usado para dirimir quaisquer dúvidas filosóficas.
O sentido atual de senso comum é devido ao filósofo John Dewey (1859-1952), que o define como um sistema formado por tradições, técnicas, interesses e instituições estabelecidas dentro de um grupo social e sem sentido fora dele; esse sistema possui um caráter mais prático que intelectual e diz respeito à interação entre as pessoas e o ambiente em que vivem.
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