Sensacionalismo é um substantivo masculino. O termo tem origem no verbo em Latim sentire, que significa “sentir”, que criou sensatus, que é “aquele que é capaz de sentir”, mais o sufixo grego –ismo, formador de substantivos.
O significado de Sensacionalismo procura designar a apresentação tendenciosa de informações com o simples objetivo de provocar fortes reações naqueles que recebem a mensagem.
Ou seja, o sensacionalismo é basicamente um interesse da imprensa em procurar assuntos que promovam escândalos ou gerem choque na sociedade. Geralmente, tais assuntos são falsos – especialmente quando é por meio do recurso escrito.
Por exemplo, o jornalismo sensacionalista pode explorar o exagero, o drama e a polêmica que boa parte do público gosta através de alguns elementos:
Veja também o significado de Jornalismo.
A publicação desses assuntos se dá através de vários meios de comunicação, não somente no meio escrito – quanto maior a quantidade de receptores (público) atingidos, melhor. O sensacionalismo procura utilizar exageros, mentiras (fake news) na hora de apresentar a notícia e até mesmo omitir (de maneira intencional) algumas informações importantes.
O fato é que o uso do método sensacionalista tem fins políticos ou econômicos. São poucos casos, quase raros, em que o sensacionalismo acontece puramente pelo locutor da mensagem estar entusiasmado, sem qualquer intenção de manipular as informações.
Dentro dessa ideia de divulgar notícias exageradas ou que causem sensação, o sensacionalismo ficou conhecido também como “jornalismo amarelo”. Tal expressão seria um eufemismo originado em uma disputa por leitoras que ocorreu no final do século XX entre os jornais New York Journal e New York World, pois ambos estavam aplicando inúmeras formas de sensacionalismo para alavancar ainda mais suas tiragens.
A palavra “sensacionalismo” também pode servir para conceituar a característica do que é sensacional, espetacular ou extraordinário.
Veja também o significado de Fake News.
O significado atual de sensacionalismo tem origem na Roma Antiga, quando anúncios e notas oficiais eram redigidos de uma forma que proporcionava maior interesse e entusiasmo das pessoas analfabetas da época, gerando assim maior alcance.
Durante os anos de 1560 e 1631, na França, existiam dois impressos: Nouvelles Ordinaires e Gazette de France – semelhantes aos jornais sensacionalistas existentes nos dias de hoje. Sempre que ocorria algum acontecimento que tinha a oportunidade de chamar a atenção e mexer com a imaginação do povo francês, os impressos transformavam essas publicações em algo que eles denominaram de occasionnels, publicações extremamente baratas.
Nos séculos XVI e XVII, o sensacionalismo também foi utilizado para elevar a divulgação de livros que pregavam os valores morais.
Já no século XIX, o sensacionalismo ficou conhecido no meio literário na Inglaterra, principalmente pela “criação” do gênero “romance de sensação’, onde abordava narrativas chocantes e surpreendentes.
O sensacionalismo conta com alguns aspectos básicos que o definem facilmente. São eles:
Uma notícia sensacionalista sempre tende a apresentar os fatos de forma exagerada com a finalidade de provocar sentimentos no público, tais como revolta, empolgação ou surpresa.
Em fatos que são irrelevantes ou banais, o sensacionalismo procura aumentar as proporções para causar impacto.
Por exemplo, na frase:
“Suja a roupa? Vereador afirma que caminhar ao ar livre estraga suas roupas de grife.”
O sensacionalismo, ao mesmo tempo, preza pela exploração das emoções do público que se quer atingir. Assim, tal apelação é mais voltada para assuntos que realmente influenciem os sentimentos das pessoas, como a saúde, a segurança e a corrupção, por exemplo.
Por exemplo, nas frases:
“Mais de 200 jovens morreram pelo descaso da boate.”
“Com dezenas morrendo sem atendimento nos postos de saúde, incompetência do prefeito vira protesto.”
Para o sensacionalismo funcionar, há a necessidade também de apresentar somente parte da informação, omitindo aquelas que seriam essenciais para o entendimento do assunto.
Um exemplo é quando há a notícia do fechamento de estradas para reformas por um determinado período, mas um jornal pode publicar como: “Governo do Estado X decide fechar estradas”.
Um jornalismo focado no sensacionalismo não preza pela objetividade daquelas informações, ou seja, a ideia é publicar as notícias de modo tendencioso e direcionado para um público que julgará conforme suas opiniões pessoais.
Por exemplo:
“Você é o que você come.”
O sensacionalismo tem como característica também, graças à internet, o uso do clickbait. A técnica é uma espécie de “caça-clique”, pois o título ou a manchete não apresenta o assunto de forma completa, obrigando o leitor a acessar a matéria para entender completamente o que foi anunciado.
Por exemplo:
“Você não vai acreditar em quem invadiu o treino do Barcelona!”.
"Fechou com o Flamengo!", mas sem deixar claro no título quem de fato fechou com o clube carioca, forçando o leitor curioso a clicar no link para descobrir.
Embora sejam parecidas, os termos sensacionalismo e sensacionismo não são a mesma coisa.
Enquanto que sensacionalismo explica a maneira tendenciosa de apresentar uma notícia com o objetivo de causar impacto no público-alvo, o sensacionismo se refere a um fundamento ou teoria em que as ideias são provenientes das sensações ou percepções sensoriais.
Veja também o significado de Comunicação.
O significado de Sensacionalismo está na categoria Significados