Satanismo é uma palavra que deriva de satã ou satanás, nome de uma entidade que aparece na bíblia e tradicionalmente é interpretado como o opositor de Cristo ou o inimigo de Deus. O satanismo seria então a postura daqueles que seguem, veneram ou cultuam a satã.
Contudo, as interpretações para o significado de satanismo são bastante controversas, indo de uma corrente filosófica sem ligações com práticas religiosas até a acusações de bruxaria, sacrifício de crianças, orgias e práticas macabras por seus adeptos.
O nome satã vem de shaitan, nome hebraico que pode ser traduzido como “o adversário”. Esse adversário aparece na bíblia como uma força ou entidade que se opõe aos desígnios de Deus e a seus seguidores, afligindo-lhes tentações e provações, que num sentido religioso tradicional pode ser considerado a encarnação do mal, mas numa interpretação mais filosófica ou esotérica como uma força que contribui com a evolução do homem ao colocá-lo a prova.
Assim, para a religião tradicional o satanismo é a religião daqueles que adoram a satanás e praticam o mal, são os inimigos de Deus e dos Cristãos. Essa perspectiva é muito adotada em congregações religiosas e foi muito utilizada pela Igreja Católica para infligir medo à seus fiéis, e garantir que esses sigam vinculados a sua igreja, que lhes oferece a verdade e a salvação.
Entretanto, apesar de o satanismo não ser exatamente a religião daqueles que praticam o mal e adoram a satanás, como defendem especialistas e muitos daqueles que se intitulam satanistas, existem sim grupos tidos como satânicos que veem a satanás como um deus e o adoram através de celebrações e ritos. O satanismo é portanto uma definição que abarca muitas vertentes, posturas, crenças, comportamentos diferentes e até mesmo contrários entre si.
Uma das principais correntes do satanismo moderno e que contribuiu para a popularização de grupos satânicos bem como para aumentar a controvérsia em torno do termo satanismo foi a Igreja de Satã fundada por Anton Lavey em 1966.
Lavey, influenciado pela escritora ultraconservadora russa Ayn Rand, pelo debatido filósofo alemão Friedrich Nietzsche, pelo mago ocultista inglês Aleister Crowley e por toda uma série de conhecimentos esotéricos e iniciáticos criou uma igreja que se intitula satânica mas que não tem como princípio adorar a satanás como um deus, mas sim parte da ideia que o ser humano deve adorar a si mesmo.
Para Anton Lavey e seus seguidores satã é uma força universal, um princípio, um arquétipo, e como tal deve ser procurado pelo indivíduo dentro de si mesmo, pois essa força o levará a sua auto realização, evolução e autoconhecimento. Para ilustrar suas concepções Lavey escreveu a chamada Bíblia Satânica, onde demonstra através de princípios que no mundo do ocultismo são conhecidos como o caminho da mão esquerda, como os seus interessados podem aperfeiçoar-se através da adoração do seu próprio eu.
Na cultura ocidental, sobretudo em sua esfera mais cristã, as figuras de Lúcifer e Satã são consideradas a mesma entidade. Contudo, dentro dos círculos indiciários, sociedades secretas, ordens esotéricas e etc, Satanismo e Luciferianimo são duas coisas diferentes.
Enquanto satã é a entidade ou arquétipo do opositor, do adversário, do tentador, a figura de Lúcifer representaria a busca pelo conhecimento, pelo entendimento, pela luz, seu nome tem a mesma raiz da palavra luz, assim Lúcifer é aquele que traz a luz.
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