Os saltos ornamentais são formados por um conjunto de acrobacias que um atleta faz no ar, enquanto dá um salto de um trampolim para a água, fazendo movimentos estéticos durante a queda. Os saltos ornamentais fazem parte dos Jogos Olímpicos, sendo uma das modalidades mais atrativas para o público devido às técnicas dos atletas em suas acrobacias.
Ornamentais é uma palavra de origem latina, vindo de ornamentum, cujo significado é meio de enfeite, adorno, ou de acréscimo de equipamento.
Os saltos ornamentais, devido à sua complexidade e habilidades dos atletas, possui um numero maior que o normal de juízes para avaliação. Os saltos ornamentais são divididos em cinco etapas, podendo o atleta criar um número muito variado de acrobacias, dentro das posições básicas do esporte. Podendo variar nos movimentos durante a queda, o nadador deve encontrar uma posição básica para entrada na água, podendo ser de frente, de costas, de pé, de cabeça ou em giro.
A história dos saltos ornamentais começa com a diversão, entre os gregos, de pular das rochas para as águas do mar, alcançando e competindo por alturas cada vez maiores. A brincadeira alcançou outros países, tendo se transformado em competição em 1883, na Inglaterra, e adotada como esporte olímpico a partir de 1904. Antes disso, porém, em 1901, havia sido fundada a Associação Amadora de Saltos, o que veio dar o caráter esportivo à brincadeira, já com regras definidas pelos países que participavam das competições, na época, e que foram os fundadores da Federação Internacional de Natação.
Na sua inauguração dentro dos Jogos Olímpicos de Saint-Louis, em 1904, havia ainda a disputa de nadar o maior tempo possível submerso, após o salto. Nos Jogos de Londres, de 1908, os saltos ornamentais já foram praticados da forma como são conhecidos atualmente, utilizando plataformas e trampolins e, como de costume na época, somente os homens podiam participar. No entanto, nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912, as mulheres já estavam competindo, pelo menos na plataforma. A estreia em trampolim só ocorreu em 1920, durante as Olimpíadas da Bélgica, a primeira realizada depois da Guerra Mundial de 1914-1918.
Os saltos ornamentais exigem basicamente elasticidade, equilíbrio e coordenação do atleta praticante, que precisa ter controle absoluto sobre seus movimentos, principalmente mantendo fortalecidos os joelhos e quadris.
O atleta praticante deve ser de média estatura, com pescoço comprido, bom desenvolvimento muscular e cabeça pequena, exigência para que seus braços possam cobri-la ao cair na água.
Existem algumas posições básicas obrigatórias dentro das regras estabelecidas para os saltos ornamentais, como a grupada, que é o salto com os joelhos juntos, voltados para o peito, o corpo dobrado nos joelhos e quadris; a esticada, quando pula com o corpo reto; o salto livre, com uma combinação das posições básicas; a carpada, quando pula com as pernas retas e corpo dobrado na cintura. Não existem, porém, regras quanto aos saltos serem feitos de frente, reversos, para trás, em parafuso ou para dentro, tendo o atleta a liberdade maior para a criação das acrobacias.
Os saltos ornamentais são formados por três tipos de provas, com trampolins de 1 e 3 metros e de plataforma, que pode ter até 10 metros de altura, sendo que a maior diferença é a rigidez da plataforma se comparada ao trampolim, mas todos os saltos são julgados com os mesmos critérios. Para o julgamento, no entanto, os atletas precisam apresentar aos juízes os saltos que irão dar e as acrobacias que se dispõem a fazer.
Para os saltos, os atletas não podem usar qualquer tipo de equipamento protetor, como óculos, por exemplo, que podem causar lesões no impacto com a água. Os homens usam sunga de mergulho e as mulheres o maiô.