Resíduos sólidos são materiais resultantes das ações humanas, podendo ser aproveitados para reciclagem e reutilização. Esse termo é bastante empregado para se referir àquilo que é considerado como lixo, ou seja, supérfluo.
Entretanto, até tempos atrás, o conceito de resíduos sólidos designava os materiais como algo que não tinha mais valor ou utilidade. Porém, ainda que possa ser mencionado como uma espécie de lixo, o mesmo é em grande parte reaproveitada, seja para se criar novos produtos ou mesmo gerar algum tipo de energia.
A maioria dos resíduos sólidos é produzida nos centros urbanos. E é comum encontrarmos nas cidades compartimentos específicos para a realização da coleta seletiva, ou seja, com a separação dos materiais de acordo com a sua composição.
Além de evitar o desperdício, um bom sistema de coleta e reciclagem desses materiais propicia a geração de vários empregos diretos e indiretos. Contudo, algumas cidades não realizam este importante trabalho e com isso acabam jogando estes resíduos em aterros sanitários, os quais contribuem significativamente para a poluição do meio ambiente.
Os resíduos sólidos gerados pela construção civil são conhecidos como entulho, o qual é conceituado como o conjunto de fragmentos ou restos de materiais como o concreto, tijolo, madeira, argamassa, aço, entre outros. Eles podem ser provenientes da sobra ou desperdício em uma obra de construção, reforma ou demolição de bases ou estruturas como, por exemplo, pontes, residências e prédios.
A ABRECON (Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição) é uma entidade que atua na gestão dos Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCD) no Brasil. Foi fundada em 2011 pelo ambientalista Levi Torres em São Paulo, onde está situada a sua sede e possui vários associados.
Os resíduos sólidos das construções, quando são reaproveitados, podem ser utilizados em pavimentações, agregado para o concreto, confecção de argamassas, cascalhamento de estradas e preenchimento de vazios em construções.
Os resíduos sólidos hospitalares são considerados um dos tipos mais perigosos que se pode gerar no ambiente, pois sempre carregam vestígios de doenças através de seringas, jalecos, luvas e materiais cirúrgicos.
Como também pode conter restos de comidas e outros detritos orgânicos, é necessário que sejam separados dos demais tipos de lixo, sendo que em boa parte o recomendável é fazer a incineração. Em contrapartida, os materiais que entram em contato com os raios eletromagnéticos como, por exemplo, os raios X, são classificados como lixo nuclear e desta forma o tratamento dado deve ser diferente. O gerenciamento de separação dos resíduos hospitalares deve ser realizado de acordo com o CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e ser separado de acordo com a seguinte classificação:
Lixo Classe A: São os materiais perigosos como, por exemplo, agulhas e seringas;
Lixo Classe B: São os materiais radioativos, os medicamentos vencidos e os produtos quimioterápicos;
Lixo Classe C: São aqueles que se assemelham aos produzidos nos domicílios e que devem ser divididos em material orgânico e reciclável.
São os resíduos que podem contaminar e prejudicar a saúde humana, como também o meio ambiente. Por isso, não devem ser lançados na rede de esgoto ou em rios e lagos. Recebem a seguinte classificação de acordo com a norma da ABNT (10.004 de 09/1987):
Resíduos de Classe I – Perigosos: São os inflamáveis, corrosivos, tóxicos, patogênicos e reativos;
Resíduos de Classe II – Não Inertes: São aqueles que apresentam como propriedades a solubilidade em água, a biodegrabilidade e a combustibilidade;
Resíduos de Classe III – Inertes: São aqueles que ao entrarem em contato com a água não sofrem nenhum tipo de solubilidade de seus componentes a níveis de concentração superior ao padrão de potabilidade.
O procedimento mais utilizado no meio industrial é a incineração dos resíduos sólidos, os quais perdem o seu peso e volume entre 60 e 90%. O procedimento é realizado nos chamados fornos de incineração, sendo os mais comuns: rotativo, leito móvel e grelha fixa.
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