Racional é uma palavra classificada como um adjetivo na língua portuguesa, cuja origem se remete ao latim rationalis e que é empregado para se referir à pessoa que faz uso da razão, que é razoável, que raciocina e age conforme a razão. Desta forma, a palavra racional diz respeito diretamente a tudo aquilo que parte do raciocínio.
Como uma faculdade, ela é colocada como o principal fator de diferenciação do homem em relação aos outros animais, sendo estes considerados como irracionais, ou seja, são seres desprovidos da capacidade de raciocinar.
A palavra racional é também empregada no campo da matemática para conceituar os chamados números racionais, que são aqueles que podem ser representados graficamente por uma fração ou razão entre dois números inteiros.
Os números racionais são apresentados de quatro formas, a saber: frações (próprias ou impróprias), números mistos (variação das frações impróprias), números decimais de escrita finita e dízimas.
No âmbito religioso, racional se refere ao manual dos ofícios divinos que é composto por razões históricas e místicas da liturgia. Trata-se também de um quadrado de estofo ornamentado com doze pedras preciosas que era utilizado em grandes cerimônias religiosas pelo sumo-sacerdote dos judeus.
Racionalização é uma variante de racional que é bastante empregada para se referir a um tipo de conceito ou denominação de algum procedimento. Na Sociologia, a racionalização é um tipo de processo em que um número crescente de ações sociais são baseados em cálculos, ao invés de elementos variantes como a emoção, costume, tradição e moral. Para muitos sociólogos, a racionalização é uma forte característica da modernidade, principalmente na sociedade ocidental.
Já na educação, a racionalização é um tipo de procedimento que privilegia assuntos e matérias que contribuem para o devido funcionamento calculado da sociedade, como é o caso da administração, e se distancia do discurso crítico que é peculiar de matérias como a filosofia. Além do mais, é peculiar da racionalização educacional o uso de testes e provas padronizadas no estilo “múltipla escolha”, cuja avaliação é feita tendo como base as respostas numeradas em conformidade a um gabarito.
Trata-se de uma seita brasileira fundada pelo médium carioca Manoel Jacintho Coelho (1903 – 1991) durante a década de 1930. Esta seita é derivada da Umbanda, mas adotou uma nova linguagem e outra roupagem.
De acordo com as suas crenças, o uso de roupas brancas permite com que seus membros se unam aos Habitantes do Mundo Racional, os quais anunciam o amor, a fraternidade universal e a paz, que ao serem captadas por quem utiliza a vestimenta acaba transmitindo boas influências aos demais.
A figura do Exu (considerado como um orixá) é também referenciada na Cultura Racional de forma semelhante a que é praticada na Umbanda. A principal obra da seita é a série de 1000 livros intitulada “Universo em Desencanto” que foi publicada na década de 1930. Por volta da década de 1970 o movimento ganhou repercussão após receber vários artistas, entre eles, o cantor Tim Maia que se tornou membro e ajudou a divulgar a seita em dois álbuns, a saber: “Tim Maia Racional, volume 1” (1975) e “Tim Maia Racional, volume 2”(1976).
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