Raça e etnia possuem conceitos distintos, e por isso não são sinônimas. A etimologia da palavra raça pode se reportar tanto ao latim radix que significa raiz, como no italiano razza que é o mesmo que criação ou linhagem. Já a palavra etnia é de origem grega Ethnos que é compreendida como povo.
Deste modo, compreende-se por raça o conjunto de fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura, entre outros atributos. A etnia, por sua vez, é uma comunidade humana que é definida por afinidades linguísticas e culturais. Ambos os termos são muito estudados pela Sociologia, Linguística e Psicologia.
Dentre os vários trabalhos e teorias científicas, uma que se tornou célebre foi a criada pelo filósofo francês Joseph Arthur de Gobineau (1816 – 1882) - considerado o pai do racismo moderno – que, no início do século XIX, defendia a tese de superioridade da raça branca, o que influenciou vários estudiosos que chegaram a distinguir entre cinco e vinte possíveis raças.
Embora as denominações possam variar, é ainda aceito a seguinte divisão de raças, a saber: Mongoloide (raça amarela), Caucasoide (raça branca), Negroide (raça negra), Australoide (sul da Índia, aborígenes e Oceania) e Capoide (tribos Khoisan).
Grande parte das teorias raciais tinha como propósito compreender e justificar a ordem social e a predominância europeia sobre os demais povos. É claro que isso acabou culminando no surgimento e desenvolvimento do nazismo no período da Segunda Guerra Mundial com a disseminação, perseguição e morte dos judeus.
Deste modo, a diferença entre raça e etnia pode ser resumida da seguinte forma: a raça compreende os fatores biológicos e a etnia as questões culturais. Os chamados grupos étnicos são classificados de acordo com os seguintes fatores de classificação, em ordem crescente: a língua, a cultura e a genética.
Na Antiguidade, etnia era empregada como modo de se referir aos povos não gregos, ou seja, estrangeiros. Depois, a palavra era utilizada pelos católicos romanos com sentido semelhante ao de gentio. Porém, o sentido moderno só começou a ser empregado a partir da metade do século XX.
O Brasil é um dos países mais miscigenados, cuja composição étnica, segundo o Censo realizado em 2010 é a seguinte: Brancos (47,51%), Pardos (43,42%), Pretos (7,52%), Amarelos (1,1%) e Indígenas (0,42%).
De acordo com o estudioso Guido Bolaffi, o Brasil é um exemplo ao que concerne a construção social e o entendimento de raça que pode variar em sociedades diferentes uma vez que, todos os brasileiros pertencem a várias raças e etnias.
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