Política é uma palavra que vem do grego politéia. Na antiga Grécia a sociedade era organizada em cidades-estados, cidades independentes que tinham suas próprias leis e estruturas sociais e econômicas específicas. Essas cidades-estados eram chamadas de pólis, de onde deriva o termo política. Assim, política em sua origem era o estudo e a aplicação das melhores formas de gerir uma pólis.
Dizendo de outra forma, etimologicamente em sua acepção grega, política era entendida como a arte de governar e de buscar gerir os rumos de uma cidade da melhor forma possível.
Contudo, se originalmente política era uma forma de buscar decidir o que era melhor para todos e pôr isso em prática, com o tempo a luta pelo poder passou a ser uma das características mais marcantes da política, chegando mesmo em muitos casos a ser a única real motivação dos políticos (aqueles que ocupam cargos de comando na esfera do poder público tendo sido direta ou indiretamente eleitos para tal).
Dito isso, podemos dizer que política também pode ser entendida como uma luta pela obtenção do poder, ou seja, o uso de táticas, estratégias, artimanhas e tudo o mais que for necessário e estiver ao alcance para a conquista do poder. Sendo que a partir dessa conquista a ação política passa a ser concentrada na busca de manter esse poder e expandi-lo.
De forma geral, podemos dizer que sempre quando se busca organizar um grupo de pessoas, estabelecendo-se regras e funções de modo a buscar a melhor forma de empreender alguma coisa estamos fazendo política. Neste sentido, podemos ver a política da empresa, a política do condomínio, a política da escola, da família e etc.
Ciência política é o nome do ramo da ciência ligada às ciências humanas ou sociais que estuda a política e todas as atividades que a envolvem.
Quando surgiu na Grécia Antiga, a política, em algumas cidades-estados era uma atividade democrática. Contudo, algo longo da história regimes em que o poder se concentrava na mão de uma única pessoa prenominaram, como nas monarquias. Foi só a partir da Revolução Francesa iniciada em 1989 que governos pensados para o bem de todos os cidadãos começaram a se consolidar pelo mundo.
Assim, a democracia é hoje a forma de organização política mais valorizada, pelo menos no ocidente. Em tese, na democracia, o governo trabalha para o bem de todos; os cidadão podem escolher aquele que será seu governante de acordo com suas preferências e convicções; e qualquer um pode se candidatar à um cargo político. Além disso, existe uma constituição que garante esses e outros direitos fundamentais.
Contudo, infelizmente, mesmo nos países onde a democracia está mais consolidada vemos que o interesse comum na maioria das vezes não é levado em conta e questões particulares e de conquista e manutenção do poder acabam prevalecendo na agenda dos políticos.
Entre os muito teóricos, especialmente filósofos, que criaram importantes teorias políticas, muitas delas influentes até hoje, podemos citar: Platão e Aristóteles na Grécia Antiga; Maquiavel, no Renascimento com seu famoso livro O Príncipe, onde ensina à um político como deve agir para conquistar e manter o poder; No século XIX Hegel, Augusto Comte, Alexis de Tocquevile e John Stuart Mill serão os maiores defensores e teóricos do liberalismo político; enquanto Karl Marx lançará as bases de toda a teorização de esquerda que adentrará pelo século XX e influenciará revoluções e pensadores como Hannah Arendt, Antonio Gramsci, Norberto Bobbio, os pensadores da Escola de Frankfurt entre outros.
É interessante notar também que a política, ao longo dos séculos inspirou diversas reflexões e debates, que culminaram em muitas teorias diferentes e ideologias políticas. Dentre essas, podemos de maneira simplificada resumir em dois grandes grupos: as teorias de esquerda e as teorias de direita.
As políticas de esquerda, que compreendem os ideais do socialismo e do comunismo, defendem, em linhas gerais, que todos são iguais e que toda a riqueza deve ser distribuída entre todos. Já as políticas de direita, onde entrariam os ideais do liberalismo e do capitalismo, defendem que todos devem ser livres e a riqueza é mérito dos mais adaptados ao sistema.
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