Pólis é cidade, em grego, entendida como uma comunidade estruturada, formada pelos cidadãos, ou seja, pelos indivíduos que nasceram no solo da região, livres e iguais.
Pólis tem seus significados relacionados ao conceito de cidade-estado, aplicado sobretudo nos estudos sobre a Grécia Antiga. Se fala em cidades-estado pelo fato de cada pólis possuir independência política, jurídica, legal, religiosa, instituições e práticas sociais; isso significa que, cada cidade era, de fato, um Estado. Como um Estado, cada pólis se envolvia em negócios exteriores, com outras cidades-estado e Estados não gregos, em questões de comércio, alianças políticas e guerras.
Uma diferença marcante entre o conceito atual de cidade e o de pólis é a não diferenciação entre espaço urbano e rural; ambos se encontravam dentro dos limites da pólis.
Outras culturas conheceram uma estrutura social e política com significados análogos aos da pólis, especialmente os babilônicos, etruscos e fenícios.
O surgimento da pólis na Grécia significa para a história uma das experiências mais importantes desenvolvidas na Antiguidade, com profundos significados, cujos resquícios se encontram na raiz das estruturas político-sociais contemporâneas. A pólis grega representa a base do conceito de cidades que vigora atualmente.
O Período Homérico (séculos XII a VII a.C.) foi caracterizado pela composição das comunidades gentílicas (genos). Estas tinham seus significados representados por pequenas unidades agrícolas independentes, onde tudo o que era produzido se destinava a fins coletivos. À frente dos genos havia a figura do pater, um tipo de patriarca, que delegava as tarefas com significados administrativos, jurídicos e religiosos entre os integrantes da comunidade.
Com o tempo, o crescimento populacional levou à escassez de alimentos, e o caráter geral dos genos foi dando lugar a outro tipo de organização social. Aos poucos, os integrantes mais contíguos ao pater passaram a formar uma classe diferenciada, de proprietários de terra. Esses proprietários de terras passaram a ser conhecidos como os Eupátridas.
Obviamente, essa é uma forma sintética de abordar um processo longo e complexo, que significa o surgimento da pólis. Mas é importante notar como nesse processo, a propriedade da terra é um fator crucial, que significa o estabelecimento de uma nova ordem social, diversificada.
Se estima que existiram em torno de 1.000 poleis (plural de pólis) na Grécia Antiga. Entretanto, as mais importantes, ou aquelas sobre as quais se tem mais registros documentais, são: a pólis de Atenas, Esparta, Tebas, Syracuse, Aegina, Rhodes, Argos, Eretria e Elis.
Embora cada pólis possuísse uma política, instituições e práticas que faziam parte de uma identidade própria, é possível identificar características comuns à maioria delas. Tais traços comuns eram:
Na vida política de Atenas, os denominados Eupátridas (Bem-nascidos) compunham a reduzida classe dominante, que detinha as maiores parcelas de terras e era responsável por administrar a política da pólis. Abaixo deles, na hierarquia social, estavam os Georgoi, agricultores proprietários de terra. E na base da pirâmide, se encontravam os Thetas (marginais), trabalhadores que não possuíam terras e representavam a maior parte da população de Atenas.
A pólis tem significados profundos para a filosofia. Nos debates na Ágora, vitorioso era quem sabia convencer utilizando o raciocínio e a exposição precisa de ideias, não só no tocante à política, mas em todos os assuntos. Assim, pode-se dizer que, com a formação da pólis, surge uma nova forma de pensamento, que se dissocia da religião e da mitologia. A mitologia é substituída pela filosofia na compreensão dos fenômenos naturais e humanos.
“Pólis de Tecnologia” é um parque tecnológico, um complexo com infraestrutura de tecnologia, segurança e apoio para empresas, localizado no estado de São Paulo.
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