Parnasianismo é um substantivo masculino. O termo é originário do Monte Párnaso, localizado em Delfos, na Grécia – local dedicado a Apolo e que também seria de moradia das Musas. O nome provavelmente foi dado em homenagem a Párnassos, filho de um humano e de uma ninfa.
O significado de Parnasianismo faz referência a um movimento literário que surgiu na primeira metade do século XIX, na França. Essencialmente poético, o parnasianismo se constituiu como uma reação contra o romantismo e o excesso de sentimentalismo, objetivando objetivar ou despersonalizar a poesia.
Ou seja, o parnasianismo pode ser conceituado como um movimento literário de origem francesa que se preocupou com a forma e a objetividade da poesia, em oposição ao romantismo.
Contemporâneo do Realismo-Naturalismo, o parnasianismo apresentou-se com bastante significância no Brasil e na própria França. Embora possua aspectos em comum com as características realistas e naturalistas, o parnasianismo não dava preocupações com temáticas do cotidiano, com descrições de costumes da época e com cientificismo – o que são marcantes do Realismo.
O objetivo do parnasianismo é criar “poesias perfeitas”, que valorizem a forma e a linguagem culta, criticando o sentimentalismo existente no Romantismo.
O movimento literário conhecido como parnasianismo possuiu grandes nomes, principalmente com base na doutrina da “arte pela arte”, criada por Théophile Gautier, crítico literário e poeta francês. Para Gautier, a arte não necessariamente precisava estar cercada de sentimentos e significados humanos, mas ela tinha de ser feita de forma a ser perfeita, purificada e bela.
Outros autores franceses que pertenceram ao Parnasianismo são: Leconte de Lisle, José María de Heredia e Théodore de Banville.
O parnasianismo se destaca pela busca do esteticamente detalhado, ou seja, pela preocupação com a forma, com a valorização dos cultos e sonetos e das rimas raras.
Os autores buscavam palavras que traziam a perfeição aos poemas que tinham que ser construídos com racionalidade. Os poemas parnasianos não deveriam fazer com que o leitor derramasse lágrimas (ao contrário dos poemas românticos), por isso a dedicação era com a perfeição da forma e da linguagem culta.
Nesse caso, a linguagem do parnasianismo se destacava por ser:
O uso de vocabulário raro e de recursos diferentes (metrificação, estruturas poéticas fixas, versificação, etc.) eram constantes.
Resumidamente, as principais características do parnasianismo são:
Além disso, o parnasianismo se caracterizava por:
O Parnasianismo no Brasil conseguiu surpreender como movimento literário muito mais do que foi visto na Europa.
O marco inicial do Parnasianismo no Brasil aconteceu por conta do livro de poesias chamado “Fanfarras” (1882), de Teófilo Dias.
É claro que nem todas as características do Parnasianismo presentes na França foram seguidas no Brasil – isso vale para a subjetividade e o nacionalismo: ambos aspectos foram abolidos pela estética parnasiana francesa, mas estavam presentes nos poemas dos autores parnasianos brasileiros.
Os principais precursores do parnasianismo no Brasil foram:
Esses três autores popularmente eram conhecidos como um grupo: a Tríada Brasileira do Parnasianismo.
Em território brasileiro, o parnasianismo durou até 1922 – ali aconteceu a chegada da Semana de Arte Moderna de São Paulo.
O Simbolismo é um movimento literário que também surgiu no mesmo período que o parnasianismo. O simbolismo tinha como característica o subjetivismo através de ideias e símbolos, com a religiosidade e o misticismo como temas comuns e adotados pelos artistas.
Sua linguagem era vaga e fluída, com preferência pelos sonetos. Ao contrário do parnasianismo que se voltava para o positivismo, o simbolismo tinha em suas obras o pessimismo, o gosto pelo mistério e a morte.
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