Paradoxo é uma palavra que vem do latim paradoxus, e quer dizer o contrário da opinião comum, onde “para” tem como significado “o contrário de” e “doxus” significa “opinião”. Atualmente paradoxo mais precisamente designa uma ideia que aparentemente apresenta dentro de si mesma a sua própria contradição.
O paradoxo é uma ideia válida que está de acordo com a lógica, com a ciência ou que possui um efeito poético, mas que, no entanto parece contrária ao senso comum, tem-se a impressão de que ela não poderia estar correta. O paradoxo para ser o contrário do que é correto, sem estar errado. Muitas vezes aparece como uma ideia fantástica, incrível e surpreendente.
O paradoxo é uma ideia lógica, mas sua estrutura é tal que parece não ter nexo. Assim, por exemplo, uma frase paradoxal apresentará palavras antônimas, contrarias entre si, sendo usadas para se fazer uma afirmação lógica ou que possui bastante sentido.
Os paradoxos também são entendidos como ideias ou opiniões que mesmo não possuindo aparência de contradição em si mesma contradizem a opinião e ao senso comum habitualmente aceito. Ou seja, afirmações que soem absurdas que são apresentadas como verdade também podem ser denominadas como paradoxos.
Paradoxos fazem parte da história da ciência e da filosofia. Constituindo-se muitas vezes de descobertas fantásticas ou por ideias incríveis que são usadas para ilustrar uma teoria de forma instigante. Como é o caso do paradoxo dos gêmeos de Albert Einstein no campo da ciência e do paradoxo de Zenão na área da filosofia.
Os paradoxos podem ser classificados em dois grandes grupos principais. No primeiro grupo temos os paradoxos segundo a sua veracidade e as condições que a formam. Nesse grupo encontramos: paradoxos verídicos; antinomias; antinomias de definição; e paradoxos condicionais. No segundo grupo encontramos os paradoxos segundo a área de conhecimento em que originam. Nesse grupo temos: paradoxos lógico/matemáticos; paradoxos de probabilidade e estatística; paradoxos de lógica; paradoxos sobre o infinito; paradoxos geométricos; paradoxos de física; e paradoxos de economia.
Figura de Linguagem
Figuras de linguagem são elementos utilizados na escrita, são instrumentos da comunicação, que visam expressar numa determinada frase, texto ou enunciado num sentido que não é literal através da utilização de uma linguagem figurada.
Para ampliar o significado de uma palavra, termo ou expressão emprestando maior expressividade ou qualidade artística a determinado enunciado ou discurso são empregadas as figuras de linguagem.
São exemplos de figuras de linguagem a metonímia, a antítese, a metáfora e etc. E entra as figuras de linguagem encontramos também o paradoxo, muito usado como recurso em poesias e letras de música.
Paradoxo de Zenão
O filósofo grego pré-socrático Zenão de Eleia, que viveu no século V antes de Cristo, desenvolveu alguns paradoxos lógico/filosóficos importantes que propunham desafiar as nossas impressões acerca do movimento. O paradoxo mais famoso desses é o da corrida de Aquiles contra a Tartaruga.
Aquiles participa de uma corrida contra uma tartaruga. Aquiles um grande guerreiro, se sentindo muito superior a tartaruga permite que ela saia em sua frente e lhe dá uma certa vantagem na corrida. Depois que ela alcança alguma distância Aquiles sai do ponto da largada. Zenão propõe então aqui um paradoxo. Quando Aquiles alcança a tartaruga ela já não está mais nesse ponto, e quando Aquiles atingi o ponto seguinte onde a tartaruga está, novamente ela já não está mais nesse ponto. O paradoxo de Zenão diz que Aquiles jamais alcançará a tartaruga, pois enquanto a tartaruga se distância cada vez menos em relação a Aquiles ainda assim ela se distância, e isso pode ser subdivido ao infinito.
Paradoxo Temporal
O paradoxo temporal costuma aparecer em documentários sobre física e em filmes de ficção científica. Trata-se de uma curiosa conclusão que se chega ao se refletir sobre a ideia de viajar no tempo.
Imagine que uma pessoa entre numa máquina do tempo e no passado mate o seu avô antes que esse tenha gerado ao seu pai. Sendo assim, se o pai do viajante do tempo não nasceu ele mesmo não poderia ter nascido. Contudo, se ele não nasceu como pôde entrar numa máquina do tempo e viajar ao passado matando o seu avô?
Paradoxo dos Gêmeos
O paradoxo dos gêmeos trata-se de uma conclusão motivada pela teoria da relatividade desenvolvida por Albert Einstein. A teoria da relatividade prova que em viagens próximas a da velocidade da luz o tempo passa mais devagar, ao ponto de fazer com que em velocidades muito próximas a da luz um viajante tenha a sensação de ter passado alguns minutos, enquanto que anos se passaram na terra. E aí temos o paradoxo dos gêmeos: se um gêmeo viaja a velocidade da luz e outro permanece na terra, quando o primeiro retornar ao planeta encontrará seu irmão muito mais velho do que ele.
Paradoxo de Epicuro
Epicuro é um filósofo grego do século 3 antes de Cristo. Ele desenvolve uma reflexão sobre o mal e a natureza de Deus que ficou conhecido como Paradoxo de Epicuro. Sua conclusão vai de encontro a ideia de que Deus seja onipresente, onisciente e onibenevolante. Pois se existe o mal, para ele, é por que ou Deus não está sempre presente ou não sabe de tudo ou não é totalmente bom.
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