Ossos do ofício é uma expressão de origem popular, muitas vezes usadas sem que as pessoas entendam o sentido que existe por trás das palavras ou que deram origem ao termo. “Ossos” é uma referência a “dificuldades” ou “algo que você não quer, mas tem uma obrigação moral em fazer” e “ofício” remete à profissão.
Logo, “ossos do ofício” é uma expressão usada para descrever situações nas quais um profissional se vê obrigado a fazer a algo que normalmente não gostaria de fazer, mas deve fazê-lo. Ele pode ser impelido por um juramento, por um contrato e/ou pela sua consciência moral.
Alguns exemplos de aplicação do termo são: quando um advogado é contratado para defender um réu que já se sabe ser culpado, quando um cirurgião precisa fazer uma cirurgia de 15 horas de duração para salvar uma vida, quando um policial se coloca em risco para combater o crime, ou quando um enfermeiro entra em contato com um paciente contagioso para combater a doença.
Como dito, “ofício” quer dizer trabalho. Ou seja, uma atividade para qual é paga uma remuneração e para qual é preciso ter algum nível de especialização, sendo que, em alguns casos, é necessário ter, também, algum documento que prove as capacidades da pessoa em realizar o trabalho.
No entanto, “ofício” também é o nome dado para folhas de papel. E, em seu processo produtivo, o papel passa por uma fase de branqueamento que antigamente era feito com pó de tutano, uma substância encontrada no interior dos ossos, que era muito usada como alvejante até algumas décadas atrás.
O processo de clareamento do papel ofício com tutano era demorado e trabalhoso e, por isso, deu origem à convenção de chamar-se “ossos do ofício” as atividades que demandassem algum tipo de esforço ou grande dificuldade para que uma profissão fosse exercida em sua plenitude.
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