Oligarquia é uma palavra de origem grega (oligarkhía), na qual significada literalmente “governo de poucos”. ela indica um sistema político onde o poder fica restrito a um pequeno grupo de pessoas pertencentes à mesma família, um mesmo grupo econômico ou mesmo partido político.
A oligarquia é identificada como sendo um pequeno grupo que domina as políticas econômicas e sociais em benefício próprio.
O termo oligarquia também é direcionado aos grupos que exercem o controle sobre o mercado cultural, político e econômico de um país, independente do sistema político vigente ser a democracia.
Exemplo: Quando os maiores cargos do governo são ocupados em sua maioria por integrantes de um mesmo partido político.
Apesar de a sua composição original indicar “governo” (archein) “de poucos” (oligos), a filosofia política relacionada à oligarquia não permaneceu rigidamente ligada a essa única forma de pensamento.
Independente desse significado, o termo oligarquia pode ser usado também em outras situações políticas, por exemplo, quando se percebe que o mesmo partido ocupa os mais elevados cargos do governo, isso pode ser caracterizado como uma oligarquia. geralmente, quando existem práticas oligárquicas, a população é excluída do debate político.
Na antiguidade, a palavra oligarquia era empregada de forma errônea para designar todos os regimes que eram comandados por pessoas de altas classes sociais da Grécia, assim, os governos oligárquicos foram confundidos com o governo das elites.
Hoje em dia podem ser encontrados alguns grupos não institucionalizados que são tidos como formas de oligarquias.
Exemplo: partidos políticos, associações, classes sociais e famílias.
Segundo Aristóteles e a forma como ele divide o Estado, a oligarquia é considerada como sendo uma corrupção da aristocracia, nela o poder é praticado para o bem de uma classe ou um grupo e não da população como um todo.
A oligarquia espartana foi uma das expressões mais disseminadas deste sistema político, ela era conhecida também como oligarquia militar. esparta era governada por dois reis e foi administrada por um pequeno grupo de famílias importantes.
Apesar de viver em um sistema democrático, sempre é possível encontrar práticas oligárquicas. por vezes, os projetos políticos de alguns representantes se mostram mais direcionadas para o benefício de um pequeno grupo. sendo assim, outras parcelas da população passam a experimentar situações de exclusão.
As primeiras décadas do regime republicano brasileiro são conhecidas como oligarquia. nesse período (1889 – 1930), os destinos da nação eram regrados pelos grandes proprietários rurais de agricultura e pecuárias, que tinham grande influência política e econômica.
Esses proprietários rurais eram conhecidos como coronéis e exerciam domínio sobre a produção de café e de leite nos dois estados mais endinheirados e com mais eleitores no país, São Paulo e Minas Gerais respectivamente.
Esse sistema era conhecido como política do café com leite por causa da troca de poder entre São Paulo e Minas Gerais. O poder estava sempre restrito as famílias ricas, que formavam uma oligarquia cafeeira e controlavam as eleições.
Mesmo com a existência de um sistema representativo, a corrupção do processo eleitoral, troca de favores e outros métodos corruptivos atrapalhavam a promoção de outros grupos políticos.
Durante este período, houve um extremo favorecimento da região Sudeste do Brasil, enquanto que as demais regiões recebiam pouco ou nenhum investimento.
Assim, começaram a aparecer nas regiões Nordeste e Sul, as oligarquias dissidentes. Elas resistiam e lutavam contra as forças políticas de Minas Gerais e São Paulo.
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