Odara é uma palavra que tem origem na índia e na cultura hindu, mas que foi incorporada pela cultura brasileira por influência da cultura afrodescendente, notadamente a Umbanda e o Candomblé. Odara é um conceito de beleza que abarca o bem e o belo numa mesma ideia.
Esse significado foi incorporado pela cultura popular, tornando-se gíria e poesia. Por exemplo, temos a expressão “ficar odara”, que pode ser entendida como se arrumar, ficar bonito, se preparar para uma ocasião especial, e tanto num sentido material relativo a roupas, penteados, adereços, como num sentido espiritual, ficar bem consigo mesmo.
O termo odara ganhou muita popularidade também com a composição de Caetano Veloso de 1978 intitulada “Odara” e que usa o termo repetidamente durante a canção. Canção de sucesso que foi regravada por outros nomes importantes da música brasileira como Gilberto Gil. Carlinhos Brown em sua música “Tantinho” também utiliza odara de forma poética, além dele ainda muitos outros compositores no Brasil cantaram odara.
Nos cultos afro-brasileiros da Umbanda e do Candomblé, odara é um conceito muito importante, sendo identificado com Exu. No Candomblé, orada é o Exu do infinito, do eterno, criador de todos as coisas é o absoluto.
Já para a Umbanda odara se relaciona a uma fase do Exu, representando o momento que este não está caoticamente transitando, mas está em equilíbrio, trazendo coisas boas aos seus devotos.
Odara representa então para os cultos afro-brasileiros algo muito positivo, sendo ao mesmo tempo o criador de tudo, um guia, uma luz, e ao mesmo tempo uma energia do bem, positiva, que nos eleva e nos faz sentir coisas boas acerca de nós mesmos e de nossos semelhantes. Assim, no candomblé Odara representa o Deus todo poderoso, e na Umbanda o Deus do Bem, aquele que se opõe ao mau.
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