Naturalismo é um substantivo masculino. O termo tem relação com “natural” e “natureza”, o que faz com que sua origem seja do Latim natura, futuro do verbo nasci, que quer dizer “nascer”.
O significado de Naturalismo descreve um movimento artístico-cultural que teve seu surgimento na França, na segunda metade do século XIX e durou até o início do século XX.
É comum que o Naturalismo seja visto como o mesmo que Realismo, contudo o Naturalismo na verdade é uma ramificação radical, muito embora ambos tenham a finalidade de expressar a realidade da forma como ela realmente é.
Como sistema filosófico, o Naturalismo se destaca por abordar a natureza como sendo o primeiro princípio da realidade, ou seja, os naturalistas afirmam que a natureza é constituída pela totalidade das realidades físicas que existem e, portanto, é o princípio absoluto e único do real.
Nesse caso, o Naturalismo prega que todo o real é natural (e o contrário também).
O Naturalismo, no âmbito das Artes, se manifestou na literatura, nas artes plásticas e no teatro – sua visão é totalmente oposta ao Romantismo e ao Parnasianismo.
O principal representante do Naturalismo foi Émile Zola, jornalista e escritor que marcou o início do movimento naturalista na Europa através da publicação de sua obra “Germinal”, no ano de 1970. Nela, o francês explica de modo claro e direto as terríveis condições de vida daqueles que trabalhavam nas minas de carvão no interior do país (França) no século XIX.
O Naturalismo recebeu forte influência do teórico Charles Darwin com sua teoria do evolucionismo, além de outras correntes que eram muito predominantes na Europa naquele tempo, como no caso do socialismo e do positivismo.
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O que se pode afirmar do Naturalismo é que sua preocupação básica é o relacionamento do homem com as “forças da natureza”. Para este movimento, o homem é somente um “fruto” da natureza, sendo analisado e representado por meio de seus comportamentos, desejos e taras, além do lado animalesco, de sua agressividade e características naturais e fisiológicas.
A própria ideia de “seleção natural” defendida por Darwin serviu de estímulo para a transformação das espécies – afirmação presente no pensamento naturalista.
Além deste significado, naturalismo pode ser entendido como o “caráter” daquilo que é natural ou do que é produzido pela natureza.
O Naturalismo, como dito, defende a totalidade do real como obra da natureza, o que faz com que haja negação da existência de qualquer coisa sobrenatural e transcendente.
As características principais do Naturalismo são:
O movimento naturalista no Brasil chegou também durante no século XIX. Seu marco se deu por meio do romance “O Mulato” do escritor Aluísio Azevedo.
Com destaque para a linguagem coloquial, descrição de ambientes e personagens, foco em problemas humanos e sociais, além da observação da realidade, o Naturalismo brasileiro procurou ilustrar a real vida em sociedade no país.
Outros nomes de notória presença no Naturalismo do Brasil foram:
Além deles, Horácio de Carvalho, Carneiro Vilela, Faria Neves Sobrinho, Julio Ribeiro e Emília Bandeira de Melo também foram representantes desse movimento.
Bastante parecidos, o Realismo e Naturalismo são dois movimentos que surgiram na França e rejeitam a fuga da ordinária realidade no Romantismo, mostrando falhas e propondo alterações de comportamentos das instituições e dos homens. Também, ambos sugerem a representação fiel da realidade.
No entanto, o Naturalismo é uma radicalização do Realismo, pois adverte que o ser humano é um “produto” da natureza, onde suas narrativas e personagens se formam a partir de suas necessidades fisiológicas, manias e taras sexuais, agressividades e outras características animalescas.
Já o Realismo considera a realidade como ela é, de um panorama mais social, ou seja, para esse movimento artístico-cultural, o ser humano é representado interagindo com o meio social.
A diferença também é que no Realismo as descrições e narrativas são lentas, com o uso de linguagem direta e adjetivos realistas. Há maior objetivismo e materialismo, com personagens com um maior trabalho em termos psicológicos e subordinação do amor aos interesses sociais.
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