Monarquia é uma palavra de origem grega monarkhía e originalmente significa governo único ou governo de um só. Monarquia designa então um sistema político onde uma única pessoal exerce o poder. Contudo, ao longo da história, as monarquias foram se transformando e atualmente temos monarquias em que os monarcas têm muito menos poder do que tinham antigamente.
Na monarquia, o líder do governo é chamado de rei ou rainha. Às vezes, também recebe o título de imperador. Em geral, o poder monárquico é hereditário, permanecendo durante gerações com uma mesma família, e nesse sentido, a palavra monarquia também pode servir para designar a família real que exerce o comando de determinado país.
As monarquias, desde a antiguidade, se legitimam através do mito do direito divido, que diz que um rei governa de acordo com a vontade de Deus e é escolhido por Ele. Assim, a vontade do rei era tida como a vontade de Deus, o que favorecia a todo tipo de arbitrariedade e caprichos, de sua família e sua corte. No Egito, por exemplo, os reis, conhecidos como Faraós, consideravam-se a si mesmos como deuses.
Para o filósofo grego Aristóteles, monarquia era a forma de governo onde a vontade de um só prevalece, enquanto que na aristocracia teríamos o governo dos melhores e na politeia o governo de muitos. O filósofo via essas três formas de governo como ideais, e suas versões corruptas seriam a tirania, a oligarquia e a democracia respectivamente.
Ao longo da história, buscou-se aprimorar as formas de governo de modo a impedir que os interesses de poucos prevalecessem sobre os interesses de muitos, e para impedir que uma monarquia concentrasse demasiado poder na mão de uma pessoa que não necessariamente tinha talento político, visto que herdou o seu poder, concebeu-se no século XVIII a ideia de uma monarquia constitucional.
A ideia de uma monarquia constitucional começa a ser posta em prática na Inglaterra com a Revolução Gloriosa, que aumentou drasticamente o poder do parlamento, diminuindo o dos reis subsequentes. Contudo, a ideia ganhou forma mesmo após a Revolução Francesa, quando passou a se criar monarquias em que uma constituição democrática fosse o regimento do país e mesmo o rei deveria se submeter as suas leis.
Em uma monarquia constitucional, o parlamento é eleito pelo povo e fica responsável por criar as leis que teoricamente serviriam para promover o bem comum. Conforme o tipo de constituição ou termos, a eleição de um líder de governo é feito pelo parlamento ou por eleições populares, em geral esse líder é conhecido como Primeiro-Ministro. O Reino Unido e o Japão atualmente são exemplo de monarquias constitucionais ou parlamentaristas.
Monarquias absolutistas foi o nome pelo qual entraram para história as monarquias existentes na Europa do século XVI ao século XVIII. Essas monarquias surgiram no fim da idade média, quando alguns senhores feudais tornaram-se tão poderosos que transformaram seus feudos em reinados.
Na monarquia absolutista, o rei tinha poder de decidir sobre qualquer coisa, fazia as leias como bem entendesse, e as obedecia ou não de acordo com o seu interesse. Com o iluminismo do século XVIII e os problemas causados por governantes arbitrários, começaram a surgir monarcas instruídos que passaram a governar com o uso da razão e visando os interesses de seu povo, esse processo de racionalização política foi culminar com a Revolução Francesa, o advento da república, das monarquias constitucionais e o fim das monarquias absolutistas.
Entre os diversos tipos de monarquia que se desenvolveram ao longo da história, temos a monarquias eletiva. Neste tipo de monarquia, o rei não recebe o seu poder de forma hereditária, mas é eleito para a sua função podendo exercer o seu cargo até a sua morte ou renúncia. No mundo atual, o exemplo mais significativo de uma monarquia eletiva é o estado do Vaticano, que elege o seu rei, conhecido como Papa.
Monarquia já foi o regime político de nosso país. Com a independência em 1822, o poder no Brasil passou a ser regido por monarcas, que então, por influência de Napoleão Bonaparte, foram chamados de Imperadores. E assim tivemos sucessivamente Dom Pedro I e Dom Pedro II como líderes da monarquia no Brasil até 1889, quando foi proclamada a República.
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