Misoginia é uma palavra empregada para designar o desprezo, repulsa ou ódio contra as mulheres e está relacionado a tudo aquilo que diz respeito ao mundo feminino.
Tanto a misoginia quanto o próprio caráter do misógino são importantes objetos de estudo para as ciências que se ocupam com os aspectos individuais. Desta forma, a misoginia é estudada como uma espécie de distúrbio de comportamento.
Etimologicamente, Misoginia tem a sua origem no grego, sendo que miso significa “odeio”, gyne refere-se a “mulher” e o sufixo ia indica uma ação ou qualidade.
As manifestações da misoginia podem ser realizadas de vários modos, sendo os mais comuns aqueles que de forma direta ou indireta excluem socialmente, agem de forma hostil, discriminam sexualmente, incitam ideias de privilégio masculino quando não decidem depreciar a figura feminina, bem como praticar ato de violência (tanto física como emocional) e certa objetificação sexual.
A misoginia é apontada como o fator principal de grande parte dos assassinatos que vitimizam as mulheres e que por ora é conhecido pelo nome de feminicídio. Por outro lado, emprega-se a palavra filoginia para se referir ao ato de afeto, respeito e amor às mulheres.
As causas da Misoginia estão ligadas à cultura da predominância da superioridade de gênero, cuja presença forte masculina é facilmente observada em vários e diferentes povos, embora os gregos sejam apontados como exemplo mais remoto.
Tratados como o “Sobre o Casamento” do filósofo estoico Antípatro de Tarso, empregam o termo misoginia para se referir a uma peça perdida de Eurípedes que elogia os méritos de sua esposa obediente.
Um dos casos mais famosos é o de Aristóteles que foi acusado de misoginia após se referir às mulheres como homens imperfeitos. Em contrapartida, o filósofo Cícero (106 a. C. – 43 a. C.) afirma que os pensadores gregos consideravam a misoginia como uma consequência do medo das mulheres, ou como é conhecido pelo nome de ginofobia.
Além dos filósofos gregos, a própria mitologia desse povo possui vários exemplos de misoginia, como é o caso da Pandora, a qual fora a primeira mulher e que carregou a responsabilidade de desencadear todo o mal que hoje existe no mundo como a doença e a morte.
O Cristianismo também é apontado como exemplo de misoginia, cujas origens são encontradas na própria Bíblia. Em Efésios 5:23 encontra-se que “o marido é a cabeça da mulher, da mesma forma que Cristo é a cabeça da Igreja”. Já no versículo seguinte é feita a seguinte relação “a Igreja se sujeita a Cristo e assim as mulheres devem fazer o mesmo a respeito de seus maridos”, ou seja, sujeitar-se a eles em tudo.
Até hoje a misoginia é frequentemente observada, principalmente na internet por meio de blogs e redes sociais.
A misoginia é o sentimento exacerbado de ódio e desprezo à figura feminina. No entanto, a palavra misandria é o nome dado à raiva ou aversão contra o sexo masculino, já que a sua origem grega reporta-se ao termo misosandrosia, ou seja, misos que significa ódio e andros que se refere a homem.
Todavia, deve-se ressaltar que esses termos são distintos e diferem-se de um terceiro que é a misantropia, um nome dado a repulsa ou aversão ao ser humano, ou a própria humanidade como um todo. Sendo assim, o misantropo (aquele que age com misantropia) discrimina tanto homens quanto mulheres invariavelmente com desconfiança e desprezo.
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