Apesar de “miséria” ser uma palavra que está quase sempre na boca do povo, poucas ou quase nenhuma pessoas saberia dizer, com clareza, o significado de miséria. Quando perguntado “O que é miséria ? Qual o significado de miséria ?”, podemos afirmar que o dicionário classifica miséria “falta de condições básicas de um indivíduo para sobrevivência. Penúria, mendicância”.
Sabemos que a miséria é um problema que existe no Brasil e no mundo, causada predominantemente pela desigualdade social. Enquanto algumas pessoas possuem uma maior concentração de renda e possuem alto poder aquisitivo, diversos indivíduos em várias partes do Brasil e do resto do mundo vivem em situação precária.
Podemos dizer, inclusive, que miséria e desigualdade social são quase que questões “inseparáveis”, devido ao seu alto grau de ligação.
É normal uma confusão entre esses dois termos, até mesmo porque em seu significado conhecido eles são descritos de forma bem parecida. Porém, é importante ressaltar que a pobreza é um estado onde as condições de vida para um indivíduo não são as ideais, mas não existe uma situação de risco extremo. Ao contrário da miséria, onde o problema é evidente e exige cuidados imediatos.
Somente existe uma situação onde essas duas expressões podem ser consideradas sinônimos: Quando o quadro de determinada situação fala em “pobreza extrema”. Nesse caso, a pobreza extrema está mostrando justamente um quadro de miséria de determinado indivíduo ou de um determnado grupo.
A medição dos índices de miséria no país geram ainda certa dúvida por parte de quem os analisa, sendo influenciada inclusive pelo período eleitoral e suas diferentes frentes. Segundo dados divulgados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Brasil conta com 6,5 milhões de indivíduos que vivem com renda inferior a R$ 70,00 mensais, valor estipulado pelos órgãos mundiais responsaveis.
Esse número teve uma redução de mais de 12 milhões de pessoas se considerado esse mesmo medidor há 12 anos atrás, que indicava 19,1 milhões de indivíduos em extrema pobreza.
Porém, um levantamento feito por outros índices, incluindo as políticas sociais “Brasil Sem Miséria”, “Bolsa Família” e o “Brasil Carinhoso”, mostram um cenário onde 36 milhões de pessoas foram retiradas da miseria nos mesmos últimos 12 anos, com influência direta da ação desses três projetos.
Quando o panorama é colocado para ilustrar a situação mundial da miséria, a situação se torna ainda mais grave, mesmo que o indicador não cite a palavra “miséria”, mas sim “pobreza multidimensional” de um grupo de indivíduos.
A estimativa de uma pesquisa realizada em 2013 pela ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que 1,57 bilhão de pessoas ao redor do globo estão em um estado de “pobreza multidomensional”, que inclui não só sua renda, como acesso a serviços de saúde, educação etc.
O conceito de miséria chegou até mesmo a ultrapassar os limites de economia e sobrevivência humana para chegar a área do conhecimento. Os termos “Filosofia da Miséria” e “Miséria da Filosofia” ficaram famosos no mundo literário por dois grandes autores do século XIX: O francês Pierre-Joseph Proudhon e o alemão Karl Marx.
Apesar de serem grandes amigos durante boa parte de suas vidas, uma publicação de Proudhon irritou Marx, pôs fim a relação entre os dois e criou um marco na história do conflito de ideologias. Adepto a ideia de anarquia (ausência de um poder central), Proudhon produziu em 1846 o livro “Sistema das Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria”, onde criticou pesadamente o sistema comunista e seus métodos de governo.
Ao ler e se sentir extremamente com raiva e contrariado, Marx escreveu logo no ano seguinte, 1847, um título que servia de resposta a obra de Proudhon: Miséria da Filosofia. Em seu conteúdo, Karl rebate com veemencia todas as teorias de seu antes amigo sobre o socialismo, colocando um ponto de partida entre a divergência de ideias de anarquismo e socialismo.
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