Metáfora é um substantivo feminino. O termo vem do Grego metaphora, que significa “transferência”, proveniente de metapherein, que quer dizer “trocar de lugar”.
O significado de Metáfora descreve uma figura de linguagem que faz uso de uma palavra ou uma expressão com o sentido de outra, sem que haja realmente uma relação, porém por conta das circunstâncias é possível associar e compreender certas similaridades.
A metáfora é um recurso semântico utilizado tanto na escrita quanto na fala com o objetivo de trazer melhor expressividade para quem lê ou ouve.
Como artifício linguístico, a metáfora pode promover uma relação de semelhança entre dois termos, ou seja, transfere o significado de um vocábulo para outro por meio de comparação implícita.
Um exemplo simples de metáfora é a frase “Esse cara é um gato!”, pois aqui se compara de forma implícita o rapaz a um gato, dando a entender que ele é bonito, encantador, fofo, entre outras qualidades do bichano.
É importante deixar claro que a metáfora se caracteriza por ser subjetiva e momentânea.
Outro exemplo de metáfora é: “Sua irmã é uma flor!”, subtendendo-se de que a pessoa em questão tem características de flor, como a meiguice, a beleza e a delicadeza.
Em suma, a metáfora irá realizar uma mudança, uma transposição de um termo por outro dentro de um determinado contexto escrito ou falado. Essa analogia, para que ocorra, deve garantir elementos semânticos semelhantes.
A metáfora está presente em diversas áreas do dia a dia, sendo importante na comunicação dos seres humanos. É possível encontrar as metáforas em músicas e em poesias, mas especialmente na fala cotidiana das pessoas.
Um exemplo na poesia está no poema “Rosa de Hiroshima”, de Vinícius de Morais:
“Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária,
A rosa radioativa...”
Na poesia, é possível ver que a palavra “rosa” faz referência implícita à bomba de Hiroshima, comparando a bomba jogada sobre a cidade japonesa com uma rosa.
A equivalência dos termos é visual: a rosa, quando se abre em muitas pétalas assemelha-se com a própria imagem da bomba, ao explodir. Contudo, embora a rosa exale perfume, na poesia ela foi posta exalando radioatividade e espalhando o mal.
Para alguns estudiosos da língua, a média de uso de metáforas, por dia, chega a 4 por minuto quando se está em uma conversa informal.
Obviamente que essa conclusão é muito generalizada, mas pode justificar o quão importante é o emprego das metáforas na comunicação dos indivíduos.
O uso da metáfora é uma alternativa para expressar alguma coisa que a pessoa sente, mas não consegue transmitir de uma maneira comum, deixando o sentido subentendido.
Na área do Marketing, por exemplo, a metáfora é usada na veiculação de propagandas, tanto no momento de anunciar um determinado produto ou mesmo na questão dos símbolos que irão identificar esse produto.
Um caso é a propaganda do salgadinho Ruffles, que faz analogia com a palavra “onda”, não significando seu sentido real – de onda do mar –, mas sim no seu figurado: o formato em ondas das batatinhas.
A escolha da metáfora na comunicação e na mídia é interessante pela facilidade com que uma pessoa tem em memorizar, mesmo que de forma inconsciente, uma metáfora.
Aplicar tais expressões faz com que o público-alvo consiga identificar a publicidade e o produto de um jeito mais fácil.
Veja também o significado de Pleonasmo e Metonímia.
Existem muitos outros exemplos que podem ser abordados para entender o que é a metáfora e suas características:
É uma metáfora bastante popular que tem como referência a própria mitologia grega, onde o titã Atlas recebeu um castigo de Zeus, sendo condenado a sustentar as colunas do céu. Por isso, ele é representado com o planeta nos ombros.
Nos dias atuais, o uso dessa metáfora faz uma comparação com pessoas que estão com tantas responsabilidades em suas mãos que acabam sendo retratadas como Atlas, cansadas e transtornadas com o rosto sempre voltado para baixo.
A frase é de Fernando de Pessoa – uma metáfora comparando o seu pensamento e um rio, estabelecendo relações de semelhanças entre ambos, no sentido de os dois apresentarem fluidez, profundidade e inatingibilidade.
Uma metáfora bastante curiosa que remete à alma como algo rústico e abandonado, sendo basicamente uma forma agoniada de dizer que ela é inútil. Ou seja, a alma é comparada justamente com uma estrada de terra que leva a lugar algum porque está abandonada, desnecessária.
Tal linguagem afirma que a pessoa da oração não possui sentimentos, isto é, é uma pessoa insensível, dura e fria como um gelo.
A metáfora relaciona a frieza do gelo com a mesma frieza que pode estar presente no coração de certas pessoas que são secas, que não demonstram afeto e são duras para consigo mesmas e com os outros.
Veja também o significado de Metáfora e Metonímia.
A metáfora do iceberg procura revelar que, embora se possa visualizar a ponta dessa massa que flutua no oceano, se descobre que essa parte visível é bastante pequena se comparada com a parte do iceberg que está submersa.
Subentende-se que existe muito mais do que aquilo que a pessoa vê, seja qual for o assunto ou situação.
Na Psicanálise, Sigmund Freud aplicou o uso dessa metáfora para descrever a mente humana, afinal a parte que fica “visível”, que está na superfície, é chamada de parte consciente, enquanto que a parte maior e submersa, “invisível”, é a relacionada ao subconsciente do ser humano.
Veja também o significado de Figuras de Linguagem e Iceberg.
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