Significado de Meritocracia


O que é Meritocracia



Meritocracia é um substantivo feminino. O termo se formou a partir de mérito, que vem do Latim meritum, com significado de “ato digno de recompensa, de elogio”, mais o Grego krátos, que quer dizer “regra, força, poder”.

O significado de Meritocracia define a predominância dos que possuem méritos, isto é, daquelas pessoas que são mais competentes, trabalhadoras, eficientes ou superiores de maneira intelectual, seja em empresas, grupos, sociedades, etc.

Dessa forma, a Meritocracia qualifica um modelo ou sistema de hierarquização e premiação baseado nos méritos pessoais de cada indivíduo. Conforme a origem etimológica da palavra, a meritocracia se refere ao “poder do mérito”.

Por exemplo: “Samuel conseguiu aquele trabalho por meritocracia.”

De acordo com esse modelo, todo indivíduo tem capacidade de prosperar apenas com suas capacidades, não necessitando de auxílio da sociedade, família ou do Estado. Isso quer dizer que crescer profissional e socialmente é uma consequência direta dos méritos individuais de cada pessoa – isto é, de suas dedicações e esforços.

Fazendo uma analogia a uma corrida de obstáculos, a meritocracia, teoricamente, faz com que todos os competidores partam daquele mesmo ponto, enfrentando os mesmos obstáculos, além de terem usufruído de tempo equivalente para treinamento. Porém, o que cada competidor alcançar dependerá única e exclusivamente de sua própria capacidade.

Isso é o mesmo que dizer sobre a igualdade de oportunidades, como, por exemplo, no acesso à escolarização básica – quando se fala sobre uma escola justa, é o mesmo que dizer que todos devem ter acesso a ela. Ou seja, em qualquer âmbito que for abordada, a meritocracia só terá validade quando todos os indivíduos daquela determinada sociedade possuírem as mesmas condições sociais, psicológicas e econômicas.

O uso da palavra “Meritocracia” apareceu, pela primeira vez, no livro The Rise of Meritocracy (“A Ascensão da Meritocracia”, em tradução literal para o português), do escritor, político e sociólogo inglês Michael Young. A obra, publicada em 1958, aborda uma sociedade do futuro onde os indivíduos são avaliados somente por seus méritos.

Entretanto, no livro de Young, a meritocracia aumenta o abismo que já existia entre a “elite” e o restante da população.

Meritocracia em inglês, como visto, é traduzido como meritocracy.

Críticas à meritocracia

Existe muita discussão acerca da meritocracia e do quanto ela seria desvantajosa, especialmente em países onde a desigualdade social é enorme. Ainda, muitos atribuem a meritocracia não somente às oportunidades, mas também à sorte.

Ou seja, para muitos, para se obter sucesso não basta ter talento e se esforçar, mas também ter sorte – sorte de nascer em uma família rica, de frequentar boas escolas ou mesmo de ter nascido em um país desenvolvido. Isso quer dizer que os críticos da meritocracia afirmam que existe muita gente com talento e trabalhadora que não alcança o que merece simplesmente porque não tem sorte.

Existe uma comparação muito simples para entender o ponto de vista de quem critica a meritocracia como o sistema de seleção, além de ter uma relação com a própria desigualdade: o mercado de trabalho é, basicamente, uma competição – e o indivíduo já começa a se preparar para ele desde criança, acumulando capacidades, competências e atributos para sua personalidade, que favorecerão a produção de trabalho.

Nesse caso, são usados três recursos: os privados, os públicos e os próprios talentos. Os recursos públicos e privados, como é muito óbvio, não são os mesmos para todos, o que privilegia poucos. No final da corrida, chega primeiro quem teve mais sorte (na vida como um todo).

A questão da crítica à meritocracia é, portanto, que as pessoas que nascem com melhores condições financeiras, econômicas e sociais, que terão acesso às melhores instituições de ensino e contatos profissionais, terão mais chances de conquistar aquela posição comparando-se com aqueles que não tiveram essa mesma “sorte”.

Meritocracia no Brasil

Discutir sobre meritocracia em um país com tanta desigualdade como o Brasil não tem sentido, conforme opinião de economistas.

Para falar de meritocracia, é fundamental que se resolva o problema da desigualdade de oportunidades. Embora o país já tenha reduzido a discriminação contra alunos menos favorecidos, fato que ocorria nas escolas com tamanha frequência, há um caminho árduo ainda pela frente.

Infelizmente, dentro da sociedade brasileira, ainda há a “educação de pobre” e a “educação de rico”, uma postura que discrimina e aponta, sem razões, que uma criança pobre pode aprender menos, enquanto que uma criança rica tem que aprender mais. Essa mesma sociedade se conforma com a desigualdade, acreditando que uma criança que veio de uma família desestruturada não tem os mesmos direitos de estudar que as outras.

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