Mercantilismo é um substantivo masculino. O termo vem do Latim mercari, que significa “comerciar, negociar”.
O significado de Mercantilismo determina o conjunto de práticas e ideias econômicas executadas pelos Estados absolutistas europeus durante a Idade Moderna, período que sucedeu o Feudalismo.
O termo tem sua criação de autoria de Adam Smith, famoso economista e filósofo escocês, em 1776.
O mercantilismo teve seu início na Baixa Idade Média, entre os séculos X a XV, quando se começava o processo de formação de monarquias nacionais. Entretanto, sua forma como política econômica nacional e seu desenvolvimento máximo ocorreu durante os séculos XV a XVIII, na Idade Moderna.
Conforme as monarquias europeias iam se firmando como Estados modernos, o apoio da burguesia comercial era dado aos reis, que tinham como intuito expandir seu comércio para fora das fronteiras de seus países.
O mercantilismo se caracteriza pela intervenção do Estado sobre a economia: os reis contavam com o apoio da burguesia mercantil e, consequentemente, assumiram o controle da economia nacional para fortalecer ainda mais o poder central e obter os recursos necessários para que o comércio fosse expandido.
Uma série de processos protecionistas garantiam esse enriquecimento baseando-se na quantidade de capitais que eram armazenados em seus cofres. Basicamente, a burguesia e a nobreza eram quem mais saía ganhando com essa política mercantilista.
Por isso, quanto maior o acúmulo de riquezas – principalmente metais preciosos, como ouro e prata – que tinham em seu poder, maior seria o respeito e prestígio que o país teria em relação às outras nações.
A intensificação do mercantilismo se deu através das explorações marítimas, em especial com países como França, Espanha e Portugal. Seu declínio, no século XVIII, se deu por conta das ideias liberais, isto é, quando as pessoas começaram a questionar sobre toda a interferência direta que o Estado fazia sobre a economia.
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As ideias e práticas presentes no mercantilismo não foram aplicadas homogeneamente, porém existiram algumas características bastante comuns para todas as diferentes nações europeias mercantilistas:
Isso mostra que o mercantilismo era um monopólio, pois os governos que se interessavam pela rápida acumulação de capital eram os controladores da economia.
Os mercantilistas defendiam a ideia de que a riqueza de uma nação era medida a partir da quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que possuíam.
Tal prática era chamada de Balança Comercial Favorável.
Para que as exportações superassem as importações, isto é, que acontecesse o superávit, era preciso que o Estado aumentasse a produção e a busca de mercados externos para que as vendas dos produtos fossem realizadas.
Além disso, certas nações realizavam barreiras alfandegárias, aumentando as tarifas e, como consequência, os preços dos produtos importantes. Outra atitude era proibir a exportação de matérias-primas que poderiam favorecer o crescimento industrial de nações concorrentes.
Um grande exemplo de país que aplicou de maneira versátil o mercantilismo foi Portugal que fez uso de um método de exploração que garantiu a proteção de riqueza de seu Estado.
O mercantilismo se tornou o principal sistema econômico no período absolutista monárquico da Europa, durante os séculos XV e XVIII.
Tal regime – absolutista – tinha o poder absoluto do Estado concentrado nas mãos de apenas um indivíduo, que geralmente era o rei ou a rainha.
Nesse período absolutista monárquico, a realeza a e alta burguesia se tornaram aliados, gerando incentivos para a exploração dos mares e na ampliação do comércio através deste meio.
Por isso, o mercantilismo foi um símbolo de aumento de poder pela questão da expansão territorial, pois traduzia como maiores impostos a serem cobrados pela Coroa (realeza).
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Durante o período conhecido como Brasil Colonial, o país se tornou uma colônia de exploração para Portugal, caracterizando-se principalmente pelos latifúndios (distribuição de terras em grandes propriedades rurais), monocultura voltada ao mercado exterior e mão-de-obra escrava.
O mercantilismo metalista aplicado por Portugal explorava as jazidas de Minas Gerais, em especial, que via no Brasil uma verdadeira mina de ouro para aumentar suas riquezas.
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