Em sânscrito, idioma indiano utilizado na liturgia do hinduísmo, budismo e jainismo, “mandala” significa “círculo”, sendo a representação geométrica do relacionamento íntimo existente entre o homem e o cosmo.
A mandala é uma representação visual e plástica do retorno do homem à unidade, delimitando um espaço sagrado e atualizando um tempo divino. Trata-se de um símbolo de integração e harmonia, servindo de instrumento para meditação.
Embora as mandalas sejam consideradas um círculo mágico para concentração de energia, elas também podem ser representadas por quadrados colocados lado a lado, geometricamente dispostos de maneira a conduzir à concentração necessária para os diversos estágios da meditação.
A mandala também é considerada um “yantra” (instrumento, símbolo, emblema), sendo que algumas das mandalas são vistas como atributos divinos, enquanto que outras se manifestam como uma forma de encantamento (mantra).
O movimento da Terra em torno do Sol, nas sociedades primitivas, era marcado pelos dias mais curtos e mais longos do período, os solstícios, que acabaram criando a imagem de trajetória circular e isso levara os homens a pensarem em algo mais amplo, que consideravam a divindade. As mandalas, assim, se tornaram um símbolo de encontro com a divindade, tanto é que mandalas foram utilizadas como modelos para a construção de templos em inúmeras civilizações.
Podemos encontrar mandalas representadas tanto em templos budistas quanto em catedrais católicas, além de pinturas rupestres de cerca de mil anos antes de Cristo. Elas também estão no símbolo chinês de Yin e Yang, representadas como rituais de cura dos indígenas, em arte sacra, enfim, faz parte da cultura humana há milênios como representação do cosmo.
As mandalas geralmente são pintadas na arte religiosa conhecida como “thangkas”, originária do Tibete, e amplamente divulgada no Nepal. Podem ser feitas em madeira e metal ou desenhadas com areia colorida sobre uma plataforma. Se feita com areia, após a cerimônia, essa areia é jogada num rio, simbolizando a distribuição das bênçãos conseguidas.
Amplificando sua utilização, as mandalas astrológicas são uma forma de tiragem do Tarot e das Runas, onde cada casa pode representar um signo ou uma situação do consultante. Tão popular se tornou nos tempos modernos que diversas empresas utilizam o termo Mandala Produções, diversificando simplesmente o ramo de atividade.
Mesmo na psicanálise as mandalas têm o seu papel: Carl Jung, principal amigo de Freud (depois dissidente), considerava as mandalas como símbolos da personalidade quando estudava os processos de individualização das pessoas.
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