Significado de Lógica


O que é Lógica



Lógica é uma palavra que define a ciência do raciocínio. Outro conceito de lógica é “o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto”. Essa ciência abrange vários conceitos, dentre eles a argumentação, a matemática e a informática. Confira a seguir em quais campos podemos usar a lógica.

A palavra lógica se origina do grego logos e está associada a uma maneira específica de raciocinar. A lógica é uma área da Filosofia tida como uma introdução ao estudo filosófico, pois está relacionada ao logos, à razão, à palavra, ao discurso e reflete sobre algo que demanda raciocínio e argumentação.

O filósofo grego Aristóteles, discípulo de Platão, é figura importantíssima na compreensão da lógica. Ele foi o primeiro a estudar o assunto, determinando que a linguagem é o centro de tudo: comunicação, artes, pensamento abstrato e estudo científico. Mas, para ela funcionar, é necessário seguir premissas linguísticas.

Apresentada como ciência, a lógica não era vista como tal por Aristóteles. Resumidamente, o silogismo é o argumento formado por proposições. É uma forma de raciocínio que usa a dedução para se chegar a uma conclusão, por isso existem vários problemas ou jogos de lógica.

Outro filósofo a colaborar com a ciência do raciocínio foi o alemão Gottlob Frege, no século XIX. Ele alertou a necessidade da matemática para melhor compreensão da lógica. Para concretizar essa premissa, Frege elaborou o cálculo de predicados, método que estudava as proposições linguísticas pela dedução matemática.

Lógica aristotélica

A definição de lógica aristotélica é o estudo da lógica por meio do pensamento. Isso porque o filósofo grego acreditava que a lógica era um mecanismo para validar o pensamento. O conceito, o juízo e o raciocínio são as premissas da lógica. As características da lógica aristotélica são: instrumental, formal, propenêutica/preliminar, normativa, doutrina da prova e geral/atemporal.

Aristóteles também apontou a proposição como fundamento da lógica, onde os juízos formam o pensamento. As proposições são conexões que conferem predicados (qualidade) a um sujeito, tais proposições são chamadas de silogismo. O silogismo é a união entre os pensamentos filosóficos e científicos.

Os raciocínios vindos de Aristóteles, chamados de fundamentos da lógica linguística culminaram a lógica medieval, que durou até o século XIII. Os principais filósofos medievais eram Alexandre de Afrodísia, Porfírio e Galeno. A classificação de lógica medieval era ciência de julgar com precisão para validar o pensamento.

Lógica de programação

A lógica de programação consiste na elaboração de sequências lógicas. Seus princípios básicos são as variantes e constantes, nomes que representam um valor e dispensam sua repetição e também tipos de dados, divididos em Tipo 1: texto, Tipo 2: inteiro, Tipo 3: real e Tipo 4: lógico, confira como são as descrições desses tipos de dados:

  • Tipo 1: sequência de um ou mais caracteres, geralmente entre aspas duplas. Espaços também são caracteres;
  • Tipo 2: valores numéricos negativos e positivos sem casas decimais;
  • Tipo 3: valores numéricos negativos e positivos com casas decimais;
  • Tipo 4: alternativas como SIM, NÃO, VERDADEIRO e FALSO.

As sequências lógicas escritas com os conceitos acima são chamadas de algoritmos que funcionam como uma receita de bolo. Os algoritmos mostram ao computador o que ele deve fazer em cada sequência lógica. Os algoritmos são escritos usando a linguagem de programação que pode ser de alto ou de baixo nível.

A linguagem de programação de alto nível é de fácil entendimento, pois, primeiramente, o comando é feito num diagrama, havendo a conversão para a ação pretendida, a SQL (Specification Design Language) é um exemplo de linguagem de alto nível. Já a linguagem de baixo nível se refere às instruções diretas ao dispositivo representadas por letras e números. A linguagem ASSEMBLY é um exemplo de linguagem de baixo nível.

Lógica de argumentação

A lógica de argumentação é como se utilizar do raciocínio para convencer uma pessoa. Nessa lógica, as sequências de proposições ou afirmações são combinadas para se chegar a uma conclusão. Os conceitos básicos da lógica de argumentação são: argumentação, analogias, inferências, deduções e conclusões, onde:

  • A argumentação é um conjunto de premissas ou hipóteses e o resultado delas é chamado de conclusão. Exemplo: p1: Todos os goianos cantam sertanejo, p2: Todos os cantores sertanejos gostam de música e p3: Todos os goianos cantam sertanejo;
  • Analogia é uma comparação entre argumentos, exemplo: “A luz está para o dia como a escuridão está para a noite”;
  • Inferência é chegar a uma conclusão usando conjunto de premissas iniciais. Existem dois tipos de inferência: a dedução e a indução. Na dedução, a informação está nas premissas de forma clara ou sugerida, exemplo: Preposição A: Os pássaros têm bico. Preposição B: Foi descoberta uma nova espécie de pássaro. Conclusão: A nova espécie tem bico. Já na indução, as premissas transmitem informações suficientes para chegar a uma conclusão. Na indução, a conclusão é obtida pela propabilidade mais adequada. Exemplo: Se todos os pássaros têm bico, a nova espécie também deve ter um bico.
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