Liberdade e Libertinagem são dois conceitos amplamente utilizados e também muito confundidos pelas pessoas que pensam se tratar da mesma coisa já que estão relacionados diretamente à tomada de decisão dos indivíduos.
A palavra liberdade é de origem latina libertas e significa independência ou condição daquele que é ou se encontra livre. É um direito dado a todas as pessoas que podem usufruir para agir, conforme a sua própria vontade, de acordo com o seu livre arbítrio.
Por outro lado, a palavra libertinagem é de origem francesa libertinage e que pode ser compreendida, no português, como libertino ou pela devassidão que é tomada por uma pessoa em sua vida. Se liberdade é considerada um dos bens mais valiosos da vida, a libertinagem representa a pura ação egocêntrica e desmedida que alguém pode ter.
Ambos os conceitos são estudados por diversas áreas, inclusive a Filosofia e o Direito. Para pensadores, como o holandês Baruch Espinoza (1632 – 1677) a liberdade é uma forma pela qual o ser livre pode agir de acordo com a sua natureza, tanto que ele dizia que “a liberdade não exclui a necessidade da ação, pelo contrário, coloca-a”.
Segundo o filósofo francês Jean Paul Sartre (1905 – 1980), a liberdade ou o ser livre não se atém ao fato de fazer aquilo que ser quer, mas querer aquilo que se pode, ou seja, o indivíduo é dotado de vontade para realizar o que pretende sem depender de outros fatores.
A palavra liberdade está presente na bandeira do estado de Minas Gerais em sua inscrição latina “Libertas quae sera tamen” que geralmente é traduzida por “Liberdade ainda que tardia”, cuja referência é dada ao inconfidente Alvarenga Peixoto a partir de um verso do poema Bucólicas de Virgilio.
O termo também foi empregado na Revolução Francesa (1789 – 1799) como o seguinte lema “Liberté, Egalité, Fraternité” (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) e que serviu de inspiração para os movimentos democráticos e liberais.
Quanto à libertinagem, essa é considerada como um mau uso que o indivíduo faz com sua liberdade uma vez que, a mesma extrapola os limites. Em suma, o libertino é aquele que age sem se preocupar com as ações realizadas e suas prováveis consequências, e isso o faz ser visto pelos demais como uma pessoa que não possui caráter e nem dignidade.
Libertinagem é o título de uma das obras mais famosas do poeta brasileiro Manuel Bandeira que foi publicado em 1930. É o quarto livro do autor e é composto por 38 poemas, dentre os quais se destacam “Pensão Familiar”, “Pneumotórax”, “Profundamente” e o célebre “Vou-me embora para Pasárgada”.
Os poemas de Libertinagem são caracterizados por elementos como o humor, o refinamento musical e, é claro, o erotismo. A obra é escrita, em grande parte, de modo confessional com relativa profundidade emocional.
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