Leigo é uma palavra vinda do grego, laikós, que passou ao latim como laicus, sendo usado na época para definir pessoas que não pertenciam a uma elite religiosa e que não tinha conhecimentos para cumprir determinadas obrigações religiosas, fazendo parte da hierarquia do domínio religioso.
Leigo é, na atualidade, aquele não não possui conhecimentos em qualquer área, sendo designado como “leigo em...”, podendo ser complementado com qualquer tipo de conhecimento humano. Uma pessoa que não conhece informática, é leigo em informática.
Dentro dos conceitos da Igreja Católica, leigos são os cristãos que não fazem parte do clero, ou seja, que não foram ordenados com sacerdotes e, portanto, não fazem parte de uma hierarquia eclesiátisca, mas que devem participar ativamente de qualquer atividade litúrgica realizada pela Igreja.
O termo leigo para as pessoas que não são da hierarquia católica foi usado principalmente na Idade Média, quando diferenciava as pessoas comuns, geralmente iletradas, analfabetas, não tinham acesso nem à Bíblia e tampouco ao Latim, que era a língua oficial ainda usada pela Igreja Católica – fato que chegou ao século XX, só sendo eliminado no Concílio Vaticano II, na década de 1960.
A conotação de leigo para qualquer pessoa é considerada até mesmo pejorativa, uma vez que na antiguidade, entre os romanos, também podia ser considerada como massa, multidão, ou agregado social. No grego clássico, seu sentido era designar o povo inferior, a multidão mais pobre e carente da sociedade. Muitas vezes o termo leigo foi usado também para designar pessoas como idiotas, plebe, iletrados.
Foi somente durante o Concílio Vaticano II, através da Constituição Lumen Gentium, que o conceito de leigo foi atribuido aos católicos como povo de Deus, considerando que todos os cristãos pertenciam ao grande numero dos filhos de Deus.
Na área jurídica, o juiz leigo é aquele indivíduo que não possui o grau de magistrado, mas exerce funções como auxiliar de justiça. Um juiz leigo tem entre seus poderes, por exemplo, coordenar audiências de conciliação, fazer a elaboração dos processos instrutórios ou ainda redigir propostas de sentença. Todo o seu trabalho, no entanto, deve ter a chancela de um juiz togado, com grau de magistrado.
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