Klebsiella pneumoniae é uma bactéria que pode causar pneumonia, além de provocar também infecções hospitalares, principalmente nos aparelhos urinários e feridas, atingindo mais comumente doentes com imunologia deprimida, daí o cuidado nos hospitais com a possibilidade de infecção em pacientes internados.
Seu nome provém de Theodor Albrecht Edwin Klebs, médico e bacteriologista suíço, seu descobridor, e pneumonia advém do grego “pneuma”, espírito. Como as doenças e infecções são denominadas pelo sufixo “ia” e o nome científico sempre é utilizado em latim, denominou-se a bactéria que provoca a pneumonia (“pneumoniae”) também com o nome do médico que a descobriu.
Trata-se de uma bactéria gram-negativa, isto é, reage ao corante cristal violeta em tratamento com etanol-acetona, gerando a cor azul violeta. Também é encapsulada, anaeróbica, não precisando de ar para viver, não se move e tem a forma de bastonete. Sua família científica é a das enterobactérias, sendo encontradas tanto na natureza quanto nos organismos vivos.
A Klebsiella pneumoniae sofreu uma mutação genética, tornando-se uma superbactéria. Essa mutação fez com que tivesse resistência a vários antibióticos, devendo ser evitada ao máximo, principalmente por doentes com o sistema imunológico debilitado.
Encontra ambiente propício para sua sobrevivência na água, em vegetais, no próprio solo, cereais, frutas e fezes. Para evitá-la, no entanto, bastam as formas simples e eficazes de higiene, como lavar as mãos adequadamente e utilizar álcool para desinfecção.
A bactéria klebsiella pneumoniae provoca infecções gerais no organismo, principalmente pneumonia, mas também pode causar infecção urinária ou generalizada. Seu contágio se dá através de ingestão de vegetais ou água contaminados ou mesmo através de contatos das mãos contaminadas com a boca.
Também pode haver contágio em mulheres grávidas, cujo organismo sofre alterações durante o período da gravidez, e nesses casos a klebsiella pneumoniae ataca principalmente o sistema urinário.
Há uma variante dessa bactéria, a KPC, ou klebsiella pneumoniae Carbapenemase, que adquiriu uma mutação em hospitais nos Estados Unidos, identificada no ano 2000, resistente a antibióticos, que pode contaminar quando um doente está hospitalizado. Para isso, é importantíssimo atender as regras de higiene.
KPC, na verdade, não se trata de variante da bactéria klebsiella pneumoniae, mas sim de uma enzima que ela produz e que é forte o suficiente para inativar os antibióticos com que são tratadas.
Como qualquer outra infecção, os sintomas iniciais são febre, dores no corpo, prostração, dores na bexiga quanto ela atinge o trato urinário e, quando há pneumonia (atingindo os pulmões), tosse seca. No caso dos pulmões podem ocorrer hemorragias, febre muito alta e problemas respiratórios, além de dores no peito, tonturas e calafrios.
Esse tipo de bactéria, por enquanto, pode ocorrer apenas em hospitais, através de contato com excreções e secreções dos pacientes infectados e tem seus cuidados monitorados, pois pode causar a morte do paciente.
Devemos considerar principalmente a prevenção, uma vez que a bactéria klebsiella pneumoniae ssp pneumoniae (ssp, no caso, significa subespécie), é muito resistente a antibióticos e seu tratamento só pode ser feito com alguns medicamentos (aminoglicosídeos e cefalosporinas, polimixinas e tigeciclinas).
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