Kizomba (ou, na forma aportuguesada, quizomba) é um estilo musical e de dança africana surgido em Angola e muito popular neste país. Inicialmente, era uma dança criada nas “kizombadas” onde tocava música popular angolana, principalmente semba, nas décadas de 1950 e 1960, em Luanda; porém, hoje é comumente usado para designar um estilo de zouk romântico cantado em português e produzido especialmente em Angola, mas também nos EUA e na Europa.
A palavra kizomba tem origem na língua bantu kimbundu (falado [quimbúndu]), também chamada de mbundu do norte por ser falada mais ao norte em Angola. O significado de kizomba é “festa” ou “divertimento”. É neste sentido que a palavra é usada no samba “Kizomba, Festa da Raça”, composto para o Carnaval de 1988 da GRES Vila Isabel, no Rio de Janeiro.
O nascimento da kizomba como gênero musical se deu quando, numa evolução da dança criada nas “kizombadas”, começou-se a tocar semba num tempo mais lento, gerando o semba lento. Posteriormente, após fusão com os gêneros kilapanga e merengue, o novo ritmo passou a ser chamado kizomba. Nos anos 80, foi levado para Portugal, onde foi confundido com o estilo caribenho zouk, que também tem raízes africanas, e foi influenciado por ele, criando a kizomba no estilo que normalmente se vê. Eduardo Paim é considerado o pai da kizomba.
Entre os movimentos de dança mais comuns (as passadas) da kizomba, estão a passada propriamente dita, que é o modo clássico, a quadradinha (e não quadrinha, como se vê comumente na Internet) e a ventoinha. A tarraxinha, por sua vez, é uma dança sensual, envolvendo um verdadeiro jogo de conquista, criada nas festas (farras) de Benguela e que foi incorporada à kizomba, dando origem à chamada kizomba tarraxada, que é a forma mais comum de dançar-se kizomba hoje em dia.
Com essa fusão, a kizomba ficou mais próxima do chamado zouk-love do que do zouk-lambada, sendo focada em canções mais românticas e sensuais.
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