Judaísmo é um substantivo masculino. O termo se originou a partir do Hebraico y’hudah, que significa “Judá”, literalmente tendo o sentido de “o celebrado”, mais o sufixo grego –ismo, que forma o substantivo.
O significado de Judaísmo designa a religião do povo judeu, sendo a primeira religião monoteísta da história da humanidade – há cerca de 3 mil anos.
Atualmente, existem cerca de 15 milhões de judeus no mundo inteiro, sendo que a maior parte mora em Israel e nos Estados Unidos. Embora não seja a religião com um número bastante pequeno de fiéis, o judaísmo é tradicional, juntamente com o cristianismo e o islamismo.
Por ter tradição matriarcal, o judaísmo determina que um filho de mãe judia também seja “classificado” como judeu.
Segundo a tradição judaica, Deus realizou um pacto com os hebreus, transformando-os no povo eleito que desfrutará da terra prometida. Esse pacto aconteceu com Abraão e seus descendentes, fortalecendo-se com a revelação das leis divinas à Maomé, quando esteve no Monte Sinai.
Por isso, basicamente o judeu é um membro indireto da tribo de Judá – que foi um dos doze filhos de Jacó, patriarca de uma das doze tribos de Israel.
Assim como um membro da tribo de Judá, o judeu é definido como um israelita.
A tradição do Judaísmo entende que todo o povo judeu é descendente direto dos primeiros judeus (que no caso seriam Abraão, Jacó e Isaac). Por conta disso, os judeus hoje são vistos como um grupo etno-religioso.
O Judaísmo segue os ensinamentos da Torá, textos sagrados para os judeus, e da Bíblia Hebraica, correspondente ao Velho Testamento da Bíblia Cristã. Os cinco primeiros livros do Torá supostamente foram escritos por Deus e nunca deverão ser modificados.
No Cristianismo, tais livros são os equivalentes aos livros do Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
A filosofia e tradição judaicas são repassadas através do Talmude, um livro que reúne as leis judaicas em formato de histórias e comentários.
É na sinagoga que há a reunião de fiéis para a prática de leitura dos textos sagrados – este é o templo judaico que tem a orientação do rabino (sacerdote que não é necessariamente alguém com um status social distinto, muito menos privilégios).
Dentro da Sinagoga, é comum o uso de um chapéu específico chamado de kipá, como uma forma de representar seu respeito a Deus.
O idioma litúrgico do Judaísmo é o hebraico. A entidade absoluta dessa religião é Javé (ou Jeová) – no caso, Deus –, considerado como criador onipotente, onisciente e onipresente.
Certos sacramentos também são bem característicos do Judaísmo, como:
O Judaísmo tem como data importante a Páscoa (Pessach), pois é celebrada a libertação do povo judeu no Egito – episódio ocorrido em 1300 a.C. Além dessa, outras festas judaicas marcantes são:
Os sábados também são dias especiais para a religião judaica, justamente porque eles aproveitam tais dias para sua espiritualidade. Por servir de descanso, esse dia é usado para gratidão e contemplação, começando do pôr-do-sol de sexta-feira até o anoitecer de sábado.
O maior pecado dentro do Judaísmo é a idolatria.
A crença judaica se divide claramente em linhas de tradição religiosa:
Na verdade, a diferença básica entre essas linhas de Judaísmo são a forma de leitura da Torá e da interpretação das leis judaicas.
O Judaísmo, independentemente de suas linha de tradição religiosa, possui três pilares básicos baseados na fé e no serviço a Deus. Esses três pilares são simbolizados por três palavras em hebraico:
Por Deus ser único, ele não possui uma imagem ou corpo. Para o Judaísmo, ele é a única entidade que precisa ser louvada, afinal ele é a autoridade máxima do Universo.
Para o Judaísmo, Deus faz a comunicação para com o povo através de profetas, como, por exemplo, Moisés.
Todas as atitudes que um indivíduo realiza são observadas por Deus – ele irá punir ou recompensar cada indivíduo conforme sua índole.
O que se destaca também no povo judeu é a sensação de comunidade gerada não somente em torno do Judaísmo como religião, mas também por ser uma cultura bastante apreciada.
Veja também o significado de Islamismo.
O Judaísmo tem sua história iniciada em meados de 1800 a.C., quando Abraão foi chamado por Deus, sendo ordenado a abandonar o politeísmo e migrar à Canaã (atualmente território da Palestina), tornando-se o líder que levasse o povo em direção à essa terra prometida.
Abraão foi o fundador do Judaísmo, o intitulado primeiro judeu e também o primeiro patriarca do povo de Israel.
Caso Abraão cumprisse a promessa de levar seu povo a Canaã, Deus iria tornar toda a sua descendência a grande nação na terra prometida.
Muitos anos mais tarde, quando a fome assolava o território de Canaã, os judeus partiram para o Egito em busca de terras mais férteis. De neto de Abraão, Jacó, surgem os doze filhos que fundaram as doze tribos que constituíam o povo judeu, que era escravizado no Egito.
Sua libertação ocorreu com Moisés, quando este recebeu instruções de Deus para que levasse o povo de volta à terra prometida – o movimento ficou conhecido como Êxodo.
Nesse período, ocorrem os episódios da entrega dos Dez Mandamentos no Monte Sinai, além da abertura do Mar Vermelho.
Com o retorno do povo judeu a Canaã, os reinados dos primeiros soberanos – Saul, Davi e Salomão – fizeram com que a nação ficasse poderosa no Oriente Médio.
Durante o reinado de Salomão, surgiu o reino de Israel e o reino de Judá. Tais reinos sucumbiram ao império babilônico, e posteriormente no século I, aos romanos. Essas forças ocuparam o local do povo judeu e iniciou a Diáspora – a dispersão dos judeus para outras nações.
Apenas após a Segunda Guerra Mundial, mais especificamente em 1948, é que o Judaísmo começou a ser fortalecido novamente, com a criação do estado de Israel, dividindo com os palestinos o território que antigamente era tido como a terra prometida.
O Judaísmo é uma religião que procura não idolatrar imagens, por isso não existem tantos símbolos associados a ele.
O símbolo de maior reconhecimento do povo judaico é a Estrela de Davi – estrela composta por dois triângulos sobrepostos, com seis pontas.
A Estrela de Davi foi utilizada durante a Segunda Guerra Mundial como um modo de identificar quem era judeu. Nos campos de concentração, os prisioneiros judeus também faziam uso da estrela em faixas nos braços.
Outro símbolo de destaque do Judaísmo é o menorá, um candelabro de sete pontas utilizado em rituais, especialmente do Judaísmo Ortodoxo.
A Torá também é vista como um símbolo do Judaísmo, afinal ela constitui os mandamentos, leis, doutrinas e histórias de vida para seguir de acordo com o que o Judaísmo prega.
O Chai é classificado como símbolo, porém, na realidade, é uma palavra hebraico, com duas letras: chet e yud. Ao juntar essas duas letras, há a palavra Chai, que se traduz como “vida”. O povo judeu a utiliza como um amuleto de proteção e que Deus cuide de suas vidas.
Veja também o significado de Estrela de Davi.
Esse Judaísmo acredita na vinda do messias Jesus, mas que este não seria a figura que de Jesus Cristo como seria propagada posteriormente pelos romanos.
Judaísmo da Unidade não crê em trindade divina – questão de Espírito Santo –, mas sim em um Deus eterno, incorpóreo (sem corpo) e indivisível.
A comunidade judaica no Brasil é considerada a segunda mais importante e de maior número da América Latina, seguindo atrás da Argentina e à frente do México.
Atualmente, residem no Brasil cerca de 120 mil judeus.
A história do Judaísmo no país se iniciou ainda no período colonial, quando os judeus portugueses imigravam para o Brasil de modo a fugir da inquisição perpetrada na Península Ibérica.
No século XVII, o Nordeste brasileiro era o local onde mais haviam judeus, principalmente no estado do Recife, pois lá havia liberdade de expressão e de culto, já que o território naquele período era de ocupação holandesa.
Graças à Independência do Brasil, houve a garantia de tolerância aos outros cultos, mesmo com a predominância do catolicismo. A partir disso, muitos grupos judeus migraram para outros estados, como Pará e Rio de Janeiro.
No período da Proclamação da República, a separação do Estado e da Igreja, concomitantemente à liberdade religiosa, a imigração se estabeleceu ainda mais no país, agora em especial para a região do Rio Grande do Sul, além dos grandes centros urbanos, como no caso de São Paulo.
No Brasil, o dia 18 de março é o Dia Nacional da Imigração Judaica.
Como duas das principais religiões do planeta, o Judaísmo e o Cristianismo são bastante semelhantes em vários aspectos, pois ambos acreditam na presença de um Deus onipotente, onisciente e onipresente, sendo justo, santo e amoroso.
Ambos ainda creem na existência do céu e do inferno, além de abordarem o mesmo código de ética.
Contudo, a diferença mais importante entre Judaísmo e Cristianismo está na figura de Jesus Cristo. Enquanto que no Judaísmo não se crê que Jesus era o Messias, no Cristianismo é o oposto – ele é Deus na carne.
Veja também o significado de Holocausto e Budismo.
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