Inzoneiro é uma palavra classificada pela gramática portuguesa como um substantivo masculino e também um adjetivo, cujo significado é enredador, mexeriqueiro, sonso, intriguista e afetado.
O termo é uma variação de inzona que é o mesmo que intriga e embuste. Deste modo, quando se diz que um indivíduo é inzoneiro é porque o mesmo age de forma manhosa, mentirosa e dissimulada. É também correto escrever enzoneiro, assim como enzona ao invés de inzona, pois em qualquer uma das grafias o significado é o mesmo.
Por outro lado, a palavra inzoneiro não deve ser confundida com termos como onzenário ou onzeneiro que são variações do adjetivo onzena, e que faz referência a tudo o que envolve a usura.
O termo era frequentemente utilizado para se referir à pessoa que tinha como profissão a atividade de emprestar dinheiro e cobrar os juros sobre o valor de 11 %. É por isto que este profissional, que em muito se assemelhava a um agiota, ganhou este título.
Ainda que fosse considerado um modelo de trabalho, o oficio de onzeneiro não era bem visto pela maioria das pessoas. Hipoteticamente, as possíveis relações que são feitas entre as palavras onzeneiro e inzoneiro fazem algum sentido pelo caráter depreciativo que acabaram adquirindo com o tempo.
O termo se tornou popular devido ao sucesso da música “Aquarela do Brasil” que foi composta em 1939, pelo compositor mineiro Ary Barroso (1903 – 1964) e gravada pela primeira vez por Francisco Alves (1898 – 1952). A canção é considerada uma das mais belas e populares composições, a qual exalta a beleza do Brasil.
O termo “Mulato Inzoneiro” é cantado nos primeiros versos que diz: “Brasil / Meu Brasil Brasileiro/ Meu mulato inzoneiro / Vou cantar-te nos meus versos...”. Assim sendo, o termo nada mais é do que uma referência a miscigenação característica do país.
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