Inteligência é um substantivo de língua portuguesa que vem do latim intelligentia. A palavra latina intelligentia vem do verbo intellegere que, por sua vez, é uma palavra composta por inter e legere. Inter é uma preposição que significa “entre”, enquanto “legere” é um verbo que significa “escolher, ler”. Ao pé da letra, o significado de inteligência é “escolher entre”.
Em outras palavras, inteligência, em seu sentido mais original, tinha a ver com a capacidade que um indivíduo possui de relacionar opções, ponderá-las e escolher a melhor dentre elas.
Inteligência é o nome dado a um grupo de características intelectuais de um indivíduo.
Existe também a inteligência artificial. Este tipo de inteligência, frequentemente abreviado para a sigla AI (do inglês artificial intelligence), nada tem a ver com QI ou é aplicada em seres humanos.
Inteligência artificial é um ramo de estudos que alia a linguística e a computação visando desenvolver robôs e outras espécies de dispositivos tecnológicos que possuam a capacidade de simular a forma como seres humanos raciocinam. Em resumo, inteligência artificial significa exatamente o que é, ao pé da letra: a tentativa de criar uma inteligência.
As pesquisas no ramo da inteligência artificial causam muitas controvérsias e o cientista Stephen Hawking foi um dos que demonstrou preocupação quanto ao avanço desse tipo de estudos, alegando que a inteligência artificial pode até mesmo acabar com a humanidade. Para ele, existe o risco da criação de máquinas que possam ser equivalentes aos seres humanos ou até mesmo superiores. Esse tipo de tecnologia poderia fazer avanços de forma autônoma, independente do ser humano, e seu ritmo de reprojeção seria sempre crescente, enquanto os seres humanos permaneceriam presos à lenta evolução biológica, sendo ultrapassados.
Por um bom tempo o mundo não pensou em uma escala ou uma forma de medir e comparar as inteligências das pessoas. Entre os séculos XIX e XX, porém, surgiram os famosos testes de inteligência.
O primeiro teste do tipo surgiu através do trabalho de um psicólogo francês chamado Alfred Binet, que nasceu na segunda metade do século XIX e faleceu no século XX. O teste de Binet era muito utilizado nas escolas francesas para permitir que professores e coordenadores identificassem alunos com dificuldade de aprendizado. Este teste implica que aqueles que possuem alguma dificuldade com uma matéria são menos inteligentes que aqueles que não encontram dificuldades com a mesma matéria escolar.
Outro psicólogo que viveu durante o mesmo período, dessa vez um alemão, fez sua contribuição aos testes de inteligência. Cabe a William Stern o mérito de ter cunhado o termo Quociente de Inteligência (Intelligenz-Quotient, em alemão), que frequentemente é abreviado com a sigla QI.
A descoberta de que existem diferentes tipos de inteligência surgiu quando começaram a ter destaque indivíduos que possuíam um baixo QI mas alcançaram grande sucesso profissionais em determinado campo.
Quando foi percebido que pessoas com um alto QI não eram mais sucedidas que as de baixo em determinados campos, o quociente de inteligência começou a ser colocado em cheque.
A partir da década de 1980 começou a ser desenvolvida, por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, a Teoria das Inteligências Múltiplas. O líder da equipe de pesquisas era o psicólogo Howard Gardner. O projeto visava alcançar um melhor entendimento sobre as habilidades humanas, através de análise. Ainda, a Teoria das Inteligências Múltiplas visa tentar descrever melhor os tipos de inteligência.
Embora exista o teste de inteligência tradicional (o teste de QI), Gardner não aprova este tipo de medição de inteligência e não faz qualquer proposta de método ou forma para mensurar e quantificar as inteligências múltiplas. Alguns pesquisadores, porém, buscam, fazendo perguntas, medir quais tipos de inteligência predominam em alguém e quais são médios ou fracos.
De acordo com o grupo liderado por Gardner, os tipos de inteligência são:
Inteligência Linguística – o indivíduo com este tipo de inteligência é mais inclinado a gostar e dominar com facilidade idiomas, além de possuir um gosto especial pela exploração de ambos.
Inteligência Lógica – também chamada de inteligência lógico-matemática. O indivíduo que possui essa inteligência é capaz de confrontar e avaliar objetos reais e abstrações, percebendo suas relações e seus princípios. Possui ainda um raciocínio dedutivo e facilidade para solucionar problemas matemáticos.
Inteligência Espacial – este tipo de inteligência está diretamente relacionado com uma compreensão precisa do mundo visual, ou seja, o indivíduo que a tem consegue transformar ou modificar percepções além de poder recriar experiências visuais mesmo na ausência de estímulos físicos.
Inteligência Motora – também chamada de inteligência corporal-cinestésica. As pessoas que tem esse tipo de inteligência possuem maior capacidade de controlar os movimentos de seu corpo, harmonizando-os.
Inteligência Musical – os indivíduos dotados de inteligência musical possuem uma facilidade para compor, identificar e executar padrões musicais, podendo até mesmo repeti-los por ouvido.
Inteligência Interpessoal – a inteligência interpessoal está diretamente relacionada à capacidade do indivíduo de entender as intenções, as motivações e os desejos de outras pessoas.
Inteligência Intrapessoal – as pessoas que possuem esse tipo de inteligência tem grande conhecimento de si. Este tipo de inteligência é rara, pois está relacionada à neutralização de vícios ao entendimento de suas crenças, de seus limites, de suas preocupações, de seu estilo de vida. Além disso, tem relação com o autocontrole e controle dos níveis de estresse e outras coisas. Pessoas com esse tipo de inteligência conseguem fazer com que hábitos inconscientes sejam transformados em atitudes que são conscientes.
Inteligência Naturalista – indivíduos com essa inteligência possuem sensibilidade para compreender e organizar fenômenos e padrões da natureza.
Inteligência emocional – sobre este tipo de inteligência, leia abaixo.
O conceito de inteligência emocional está no campo dos estudos em psicologia e foi introduzido pelo americano Daniel Goleman.
A inteligência emocional tem a ver com a capacidade que alguém tem de reconhecer seus próprios sentimentos, além dos sentimentos de outras pessoas. Também está intimamente ligado com a capacidade de saber como lidar com esses sentimentos.
Alguém com boa inteligência emocional é capaz de reconhecer e controlar seus impulsos, de canalizar suas emoções e direcioná-las a situações mais adequadas, é um bom motivador e sempre consegue encorajar aqueles que estão ao seu redor.
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