Intelecto é uma palavra de origem latina intellectus que significa raciocínio, entendimento e reflexão. É um termo que se refere à leitura interior que uma pessoa detém e/ou sua capacidade cognitiva que é reconhecida através da inteligência.
Desta forma, o intelecto é um meio que possibilita o desenvolvimento das representações mentais e as prováveis relações realizadas entre si da realidade. Na Psicologia, o intelecto é compreendido por meio da conduta e do comportamento de um indivíduo que poderá receber alguma classificação de acordo com o seu nível como, por exemplo, de um gênio quando este desenvolve uma grande capacidade superior à média das pessoas.
Para a Neurologia, o intelecto diz respeito às ligações e estruturas biológicas do cérebro e do sistema nervoso que se relaciona diretamente ao comportamento de um indivíduo. Já para a Sociologia, o intelecto é um dos princípios que permeiam as relações entre as pessoas.
Para o sociólogo alemão Karl Marx (1818 – 1883), o intelecto é visto como a dimensão social e coletiva das tarefas cognitivas quando as mesmas são a fonte de produção de riqueza. Esta designação foi por ele chamada de Intelecto Geral, o qual se manifesta nas sociedades capitalistas para o controle dos processos pertinentes à vida social.
A palavra intelecto é facilmente relacionada à inteligência e à intelectualidade no sentido de capacidade de compreender e resolver problemas e desenvolvimento científico e/ou cultural respectivamente. Por exemplo, “João possui um intelecto que consegue responder qualquer desafio de matemática” e “É impressionante como o poeta descreveu a alma humana... Só um intelecto como o dele consegue fazer isso”.
O intelecto pode ser de dois tipos: ativo ou passivo. Por intelecto ativo ou intelecto, compreende-se, conforme as correntes aristotélicas e escolásticas, como aquilo que transforma as sensações nas percepções que são inteligíveis e abstratas.
De acordo com o pensamento clássico e da filosofia de Anaxágoras (499 a. C. - 428 a. C.), o intelecto ou nous (sua atividade) é o princípio de ordem do cosmo e a capacidade de pensamento humano é o seu reflexo.
De certa forma, tal concepção inspirou algumas correntes antigas e modernas a compreenderem Deus como a Inteligência Suprema. O termo também se encontra na obra “Metafísica” (Livro XII, nos capítulos de 7 a 10) de Aristóteles (384 a. C. - 322 a. C.). Parte de seus estudiosos acredita que o filósofo equiparou o intelecto ativo ao motor imóvel e, de certa forma, a Deus.
Já o intelecto passivo, por sua vez, é aquele que capta as formas e conteúdos, bem como as prováveis sensações que podem afetar o indivíduo como resultado de tal experiência.
Outro filósofo que se ocupou com o intelecto foi o neoplatônico Plotino (205 – 270) em sua teoria sobre o universo, o qual o dividiu em quatro partes, a saber: Uno, Nous, Alma e Matéria. De acordo com Plotino, o intelecto se encontra na segunda hipóstase como uma das emanações do divino. A alma é a representação do intelecto que a cria a partir da ação de pensar em si.
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