Significado de Inatismo


O que é Inatismo



Inatismo é um substantivo masculino. O termo vem da junção de inato, que vem do Latim in, “em”, mais natus, que quer dizer “nascido” e com –ismo, do Latim –ismus, do Grego –ismós, que é um formador de ação de determinados verbos.

O significado de Inatismo está presente na Filosofia, sendo uma ideologia que acredita que o conhecimento de um indivíduo é uma característica inata, isto é, é uma teoria que analisa e afirma que as ideias e os conhecimentos de uma pessoa não dependem do que ela experimentou após seu nascimento.

Desacredita-se, então, que o conhecimento é desenvolvido por meio das experiências e aprendizagens individuais.

De acordo com a teoria inatista, os fatores inatos (as qualidades e capacidades básicas de conhecimento) do ser humano já existiriam na pessoa desde o seu nascimento, sendo que estes seriam mais poderosos ao determinar as aptidões individuais do que o meio social, a educação e a experiência.

De todo modo, o pensamento inatista contempla que as qualidades seriam transmitidas por meio da hereditariedade, isto é, é uma herança genética – de pai para filho. O meio social apenas poderia influenciar na manifestação (ou não) destas aptidões/capacidades.

No Inatismo, o ser humano é apresentado como um ser estático, tendo desde seu início sua personalidade, hábitos, crenças, pensamentos, valores, emoções e conduta social definidos, sem possibilidades de sofrer mudanças. A atividade de conhecimento é exclusiva do sujeito, o meio não tem qualquer participação nela.

Alfred Binet, pedagogo e psicológico francês, foi um dos pioneiros no estudo da avaliação da inteligência. A teoria inatista na educação foi abordada quando ele afirmou que a herança genética de cada criança poderia interferir em seu desempenho.

Por isso, os inatistas consideram que alguns seres humanos são “naturalmente” mais inteligentes que outros. Cada criança irá ter sucesso ou fracasso em seu desempenho escolar por conta de sua herança genética – esta é a justificativa se a criança não consegue aprender determinado conteúdo.

Inatismo e empirismo

O empirismo é outra vertente filosófica que procurou abordar o processo de aprendizagem do ser humano. Contudo, o inatismo e o empirismo são totalmente opostos!

O empirismo não acredita em capacidades inatas de uma pessoa, mas sim que as ideias e conhecimentos de cada um são somente desenvolvidas a partir das experiências por ela vividas. Ou seja, ao longo da vida, a mente capta impressões por meio dos sentidos.

A abordagem empirista também inspirou a concepção do behaviorismo, conhecido também como comportamentalismo ou ambientalismo, onde a experiência é a fonte do conhecimento e a formadora de hábitos.

Vale comentar que na briga, ainda existia o interacionismo – teoria que pregava que tanto o meio como o organismo desenvolviam ações recíprocas, isto é, ambos tinham influência sobre o outro, provocando mudanças no indivíduo.

Por isso, o inatismo, ambientalismo e interacionismo não eram semelhantes, pois os interacionistas discordavam das teorias inatistas (que desprezavam o papel do ambiente) e das teorias ambientalistas (por ignorarem fatores maturacionais).

Inatismo platônico

O conhecimento inato foi defendido por Platão, sendo um dos primeiros filósofos a expor sua opinião a este assunto.

A tese do inatismo aparece em muitas obras, destacando-se os diálogos “Mênon” e “A República”. Para ele, o conhecimento é recordar a verdade que já existe no ser humano, ou seja, é o despertar da razão para que ela se exerça por si mesma.

O inatismo platônico determina que todo o indivíduo possui o conhecimento que foi armazenado em sua alma por suas encarnações passadas. Cada vez que a pessoa encarna, a base do conhecimento já está pronta.

Além de Platão, o conhecimento inato foi estudado por Descartes – foi o inatismo cartesiano. Para ele, nosso espírito tem três tipos de ideias que se distinguem de acordo com sua origem e qualidade:

  1. Ideias adventícias (provenientes de nossas sensações, lembranças e percepções, por exemplo),
  2. Ideias fictícias (criações de nossa imaginação e fantasia, por exemplo), e
  3. Ideias inatas (inteiramente racionais, podendo existir somente porque elas já nasceram com o indivíduo).

Descartes defendeu o inatismo em várias obras, porém duas destacaram-se: “Discurso do Método” e “Meditações Metafísicas”.

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