Ikebana (生け花) é uma palavra japonesa que significa “vivificação floral”, também conhecida como kado (華道), a “via das flores”.
Ikebana é uma arte japonesa de arranjos florais, com base em diversas regras e simbolismos. O termo em japonês também significa flores vivas, tratando-se de arranjos e combinações que são utilizados como oferta religiosa, na decoração de alteres. Para se fazer um ikebana é necessário ter flores, folhas, frutos, plantas secas e galhos.
O ikebana teve sua origem na Índia, onde esses arranjos eram dedicados a Buda, mas foi na cultura japonesa que se tornou mais desenvolvido. Em contraste com o ikebana feito nos países ocidentais, o ikebana japonês busca criar uma harmonia de construção do conjunto, com ritmo e cor. Enquanto no Ocidente se privilegia a quantidade e o colorido, o Japão enfatiza os aspectos lineares do arranjo.
Os símbolos dos caules, das flores, ramos e folhas utilizados no ikebana remetem à simbologia do céu, da terra, da humanidade, que são ofertados como sinal de respeito a Buda e aos seus ensinamentos.
Seu principal sentido é a oferenda religiosa dos monges, embora também seja praticado por pessoas de origem nobre. Os estilos, ao longo do tempo, se diversificaram para o ikebana, havendo até associações que envolvem pessoas que fazem esses arranjos, onde os praticantes possuem uma tradição espiritual, uma concentração para desenvolver os arranjos segundo os princípios da natureza.
Entre os estilos de ikebana existem o ikenobo, o mais tradicional e original, dedicados aos deuses e decorados com galhos; o sogetsu, um dos mais novos estilos, tendo como adeptos, no Ocidente, personalidades como a Rainha Elizabeth II e a Princesa Diana, que chegaram a frequentar escolas para aprender as técnicas e o estilo; o ohara, que é uma montagem feita com flores e galhos praticamente empilhados; e o sanguetsu.
O estilo Sanguetsu de Ikebana foi criado por Mokiti Okada, um estudioso que desenvolveu técnicas baseadas em política, filosofia, medicina e economia para apresentar propostas viáveis de um desenvolvimento social integrado, levando em conta também a religião, artes e agricultura.
O Ikebana Sanguetsu traz como princípio básico o respeito pela natureza. Este estilo de ikebana evita a modificação dos materiais utilizados, criando um arranjo mais natural e equilibrado, como se fosse um retrato da natureza. Há escolas que promovem o curso de Ikebana Sanguetsu e até mesmo uma fundação com o nome do patrono, que, além de ensinar, também procura incutir nas pessoas o respeito à natureza, tornando a vida do aprendiz mais harmoniosa e alegre.
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