Igualdade de gênero é uma expressão. Igualdade é um substantivo feminino e se origina do Latim aequalitas, que significa “igualdade”. Gênero é um substantivo masculino, que vem do Latim genus, que quer dizer “nascimento, origem, raça, descendência”.
O significado de Igualdade de gênero está associado com os direitos humanos e de justiça social, pois se refere à situação em que homens e mulheres devem ter os mesmos deveres e direitos. A igualdade de gênero é vista como um requisito fundamental para o desenvolvimento e a paz.
Em uma sociedade, tanto os homens como as mulheres devem gozar das mesmas oportunidades, rendimentos, direitos e obrigações em todas as áreas.
São algumas condições que precisam ser equivalentes para ambos:
Entende-se, portanto, que igualdade de gênero é a defesa da igualdade do homem e da mulher no controle e no uso dos bens e serviços da sociedade. É uma maneira de implicar a abolição da discriminação entre ambos os sexos, sem que haja favorecimento do sexo masculino em qualquer aspecto da vida social – como é, infelizmente, frequente há tantas décadas em grande parte das sociedades ocidentais.
A igualdade de gênero consiste em “padronizar” as oportunidades para que elas sejam distribuídas de maneira justa entre mulheres e homens. Não deve haver restrição com base no fato de determinada pessoa ser do sexo feminino ou masculino, ou seja, todas as responsabilidades, oportunidades e direitos devem ser igualmente concedidas.
Homens e mulheres podem fazer suas escolhas e expandir suas capacidades sem que haja estereótipos que os limitem ou interfiram.
A igualdade de gênero é também chamada de igualdade sexual e muitos exemplos podem ser dados que abordam a desigualdade entre homens e mulheres. Alguns muito claros na sociedade, hoje em dia, são:
No caso, sabe-se que o problema da desigualdade de gênero procura sanar todos os problemas relacionados com os direitos que as mulheres ainda não possuem. A luta é árdua e longa, que se iniciou ainda na metade do século XX, por meio do feminismo. Um exemplo de personalidade que lutou pela igualdade de gênero foi a francesa Simone de Beauvoir. Até hoje, muitos direitos foram conquistados, como é o caso do direito ao voto das mulheres, mas a visão preconceituosa e estereotipada ainda está emaranhada na sociedade.
De acordo com o último Fórum Econômico Mundial (WEF), realizado em 2017, o Brasil ficou em 90°, em um ranking com 144 países, na análise da desigualdade entre homens e mulheres – o índice é calculado com base nos dados de acesso à saúde e sobrevivência, participação e oportunidade econômica, assim como realização educacional e empoderamento político.
Em 2006, o Brasil estava em 67°.
Essa mudança acentuada na posição tem uma razão clara: a baixa representatividade das mulheres em ministérios e no Poder Legislativo. Por outro lado, entre todos os países da América Latina, o Brasil foi o único a conseguir reduzir a diferença de gêneros na saúde e educação.
Uma notícia que saiu recentemente, em março de 2018, mostra que o Brasil está na liderança global da igualdade de gênero na ciência.
Existem dados que surpreendem: cerca de 34 milhões de meninas no mundo que não estão na escola primária (em um total de 63 milhões de crianças).
Apenas 35% das meninas conseguem seguir uma carreira no campo de exatas na Educação Superior, conforme relatórios da Unesco.
No Brasil, 26,1% das meninas que não estudam deixaram a escola por conta de afazeres domésticos ou para cuidar de outras pessoas (dado esse da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2016). Outros estudos ainda mostram que a gravidez é um fator que intensifica a evasão escolar de mulheres jovens.
A preocupação com esses e outros dados que afetam a vida das meninas dentro ou fora da escola foi implantada no Plano Nacional de Educação (PNE). Conforme algumas metas dele, pretende-se “implementar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito e discriminação racial, por orientação sexual e identidade de gênero”, assim como busca-se “estimular a participação das mulheres nos cursos de graduação stricto sensu, em particular aqueles ligados às áreas de engenharia e matemática e outros campos das ciências”.
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