Iconografia é um substantivo feminino que se origina de dois termos gregos: eikon, que quer dizer “imagem ou ícone” e graphia, que significa “escrita”.
O significado de Iconografia é, conforme a origem, literalmente “escrita da imagem”. O termo indica o estudo do conjunto de assuntos que são representados por meio de imagens artísticas, obras de arte e outras de qualquer espécie, relacionando-os com suas fontes e significados.
Dessa maneira, entende-se que a iconografia aborda todas as imagens que compõem o portfólio de um artista – desde esculturas, cinema, pintura, até fotografia, xilogravura, entre outras – que se integram a determinados períodos artísticos.
O termo iconografia também pode fazer referência às imagens que estarão presentes para ilustrar alguma determinada obra. Por isso, ao encontrar um livro, por exemplo, com desenhos e ilustrações, estas são a iconografia da obra. Há profissionais responsáveis em uma editora pela busca e aplicação do melhor material visual possível para compor a iconografia.
Assim, iconografia é a palavra utilizada para se referir a algo relativo a um conjunto de imagens. Alguns exemplos claros são:
É claro que em bibliotecas ou museus, por exemplo, o conjunto de imagens, gravuras e outros elementos que compõem o acervo estas instalações são também iconografia.
Como forma de estudo, a iconografia é conceituada como os critérios, métodos e premissas que abrangem a análise das imagens que são parte de algum aspecto da sociedade.
Iconografia e iconologia são dois termos parecidos, mas distintos em seus conceitos. Pode-se usar a explicação de Erwin Panofsky, crítico alemão e historiador da arte e um notável nome nos estudos de iconografia.
Para Panofsky, enquanto que a iconografia é o estudo ou assunto, tendo como objetivo analisar as características de uma imagem, a iconologia é o estudo do seu significado. Ou seja, a iconologia faz uma interpretação mais profunda das obras de arte e de outros objetos que fazem parte da arte, tendo como análise o modo interpretativo histórico e sociológico, não estando, portanto, relacionado à estética (como no caso da iconografia).
A iconografia abrangia, até o século XVI, somente trabalhos imagéticos associados à religião ou em qualquer contexto histórico. Esta era a iconografia religiosa, isto é, o estudo restrito de imagens, esculturas, símbolos, brasões, entre outros que eram de cunho religioso.
Por exemplo, as pinturas e esculturas de Jesus Cristo, de anjos e de santos eram os principais alvos de estudo da iconografia religiosa. Entende-se que esta análise era muito associada com a fé cristã – era então uma antiga prática de pesquisa realizada em mosteiros e universidade católicas.
Em torno do fim do século XX, a iconografia ganhou um significado mais abrangente, sendo possível associá-lo com diversos âmbitos até se tornar a conceituação atual.
No Brasil, pode-se destacar como iconografia brasileira grandes e populares artistas. É o caso de Candido Portinari, Ziraldo, Sebastião Salgado, entre vários outros.
No país, a iconografia é caracterizada como rica e com a capacidade de apresentar aspectos sociais e históricos de cada região do vasto território brasileiro. Além disso, pode-se analisar questões das diferentes etnias, classes sociais e até mesmo construir a história antes e depois do descobrimento e colonização de Portugal.
Com essas vastas opções, um exemplo de iconografia brasileira é a iconografia do cangaço: estudo das características imagéticas deste determinado estilo de vida, registrado por meio de gravuras e fotografia em cordéis.
A popularidade desta deu-se graças a Lampião e seus companheiros – conhecidos como cangaceiros.
O significado de Iconografia está na categoria Significados