Hemácias é o plural de hemácia, sendo um substantivo feminino. O termo tem origem no Grego haima, que quer dizer “sangue”.
O significado de Hemácias descreve as células sanguíneas que possuem a responsabilidade de proporcionar a cor vermelha ao sangue, exercendo uma das funções mais vitais para um ser vivo: a oxigenação celular dos tecidos corporais.
As hemácias são também conhecidas por glóbulos vermelhos ou também por um nome mais técnico, que é eritrócitos.
As hemácias possuem algumas características muito interessantes – primeiro porque esses glóbulos são células anucleadas, isto é, não possuem núcleo e, de forma consequente, não têm DNA. Isso, no entanto, vale apenas para os mamíferos!
As células têm formato de disco bicôncavo, com um diâmetro de em torno de 8 µm (micrômetros) e espessura de 2 µm na sua região mais periférica.
Sua duração de vida é de 120 dias: elas são produzidas na medula óssea através da estimulação do hormônio eritropoietina, por meio de um processo conhecido como eritropoiese. Após esse período, as hemácias são destruídas (processo de hemólise) geralmente no baço ou no fígado – seus componentes serão utilizados para a produção de novas células.
As hemácias são bastante flexíveis, característica esta que facilita alterações em seu formato e permite passagem pelos capilares sanguíneos.
No interior das hemácias se localiza um pigmento vermelho chamado de hemoglobina, proteína que tem uma porção proteica e outra porção de ferro. A hemoglobina é a proteína, portanto, que contém ferro e é tida como a principal proteína intracelular das hemácias.
Em um indivíduo adulto e saudável, há entre 3,8 a 6,3 milhões de hemácias por milímetros cúbicos (3,8 a 6,3 milhões por mm³) de sangue.
A principal função dos glóbulos vermelhos é o transporte de oxigênio (O2) para todas as células do corpo, ou seja, as hemácias transferem o oxigênio para as células do organismo graças ao processo de hematose do pulmão. Quando o oxigênio chega aos tecidos, os eritrócitos recebem o gás carbônico – estas células irão leva-lo até os pulmões para que ele seja eliminado.
Além disso, as hemácias têm a responsabilidade de garantir a cor avermelhada no sangue – o que é uma função da hemoglobina.
A contagem de hemácias no sangue de uma pessoa é realizada através de um exame laboratorial denominado de hemograma – há a coleta de sangue para que se faça essa e outras análises quando solicitadas.
Existem situações em que os níveis de hemácias no sangue podem estar abaixo ou acima dos padrões necessários para um bom funcionamento do organismo. Oscilações nessa quantidade podem ser determinantes para algumas doenças, por isso é necessário que se faça um controle através do hemograma.
O exame de sangue pode apresentar uma baixa quantidade de hemácias, o que justifica alguns sintomas que o paciente pode ter, entre os quais destacam-se: palidez, fraqueza, cansaço e falta de ar.
Hemácias baixas são um indicativo de doenças que podem ou reduzir a produção dos glóbulos vermelhos ou mesmo destruir os existentes.
Um dos maiores exemplos é a anemia: doença que ocorre quando não há quantidade suficiente de glóbulos vermelhos saudáveis no sangue. Outro quadro de anemia, entretanto, pode ser causado pela própria genética, como é a anemia falciforme (doença que se caracteriza pela deformação hereditária dos glóbulos vermelhos e sua consequente destruição por causa de sua menor flexibilidade e maior fragilidade).
Outras causas para hemácias baixas são:
É comum que mulheres grávidas possuam valores de hemoglobina um pouco abaixo do normal justamente por sua condição.
Algumas medicações, como as que são usadas nos tratamentos de câncer e de AIDS, podem também levar a uma queda na quantidade de hemácias.
Em geral, o aumento dos glóbulos vermelhos no sangue não envolve grande preocupação clínica. Em poucos casos, esse desequilíbrio nas hemácias é sinal de alguma condição mais séria – embora o seu oposto seja exatamente o contrário.
O organismo produz mais eritrócitos para oxigenar as demais células do corpo, o que pode fazer com que uma pessoa tenha sintomas como tonturas, lábios roxos, pés e mãos gelados e, em algumas situações, perda de visão e audição.
Um dos maiores exemplos de causas para as hemácias altas é a altitude, isto é, estar em locais muito altos, como picos e montanhas. Isso porque o ar se torna mais rarefeito (menos denso), o que dificulta a respiração da pessoa e gera uma baixa oxigenação do sangue – para suprir essa falta de oxigênio, o organismo produz mais hemoglobina.
A elevação de hemácias no sangue pode representar algum tipo de anormalidade fisiológica e isso pode ser causado por alguns desses fatores:
O uso regular de medicamentos diuréticos também pode ocasionar um aumento na quantidade de hemácias, mesmo que isso seja considerado um “falso aumento”, pois há somente uma concentração maior desses glóbulos por conta do baixo volume de líquido total no sangue.
O eritrograma é o nome da parte do hemograma que se avalia as informações coletadas a partir do sangue do paciente sobre as hemácias, como sua forma, tamanho e quantidade presente.
Dependendo do laboratório, os valores de referência podem ser ligeiramente diferentes. Para tanto, os valores de referência para a quantidade de hemácias são:
De hemoglobina, os valores de referência são:
Dentro do eritrograma, há os índices hematimétricos que são essenciais para diagnosticar e tratar anemias. Os índices avaliam se as hemácias possuem um tamanho celular normal e se há normalidade da coloração.
Se as hemácias estiverem maiores que o esperado, a anemia é do tipo macrocítica; por outro lado, hemácias menores que o normal descreve uma anemia microcítica.
Hemácias normocrômicas são aquelas que têm a coloração dentro do normal.
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