Guerra Santa é uma expressão. Guerra vem do antigo Normando werre, que significa “guerra”, do Frâncico werra. Santa (ou santo) vem de um deus muito antigo chamado Sancus, que posteriormente inspirou a criação do verbo sancire, que significa “consagrar” – o particípio passado era sanctus, que é “consagrado, santo, que deve ser respeito acima de tudo”.
Guerra Santa é um método radical cujas maiores religiõe que acreditam em um só deus vêm usando no decorrer da história para privar o que consideram sagrado, como suas crenças e dogmas, de eventuais ameaças
O Islamismo e o Cristianismo são consideradas as maiores religiões do planeta e provém delas as maiores Guerras Santas já realizadas na história.
Ou seja, o significado de Guerra Santa é uma guerra causada por diferenças entre religiões. A ideia da Guerra Santa, lutando em nome de sua crença por meio da violência, tem sua raiz nos dois principais livros destas duas religiões.
No caso do Cristianismo, há a ocupação de Canaã (região da Palestina) descrita no Antigo Testamento. No século VI a. C., os judeus vindos do Egito – com a liderança de Moisés – conquistaram a Terra Prometida, expulsando aqueles que já a ocupavam e a dividindo entre as tribos judaicas. Como narrada, diz-se que Deus auxiliou os judeus, o que justificou o ato.
Portanto, a Guerra Santa teve seu surgimento a partir da crença de um deus único.
Pode-se tomar como exemplo o período da Idade Média, quando o monoteísmo ficou realmente popular. Naquela época, pessoas de diferentes fés mataram uns aos outros, pois acreditavam que iriam para o céu, já que estavam se livrando de pessoas hereges ou infiéis.
Não somente para este fim, a Guerra Santa se tornou um recurso favorável para as estratégias geopolíticas e de expansionismo das civilizações, apesar do uso da violência para tal propósito.
Já no livro do Alcorão, mais ou menos doze séculos após a conquista pelos judeus em Canaã, Maomé definiu que era uma obrigação religiosa dos muçulmanos de lutar contra os infiéis e aqueles que eram inimigos da fé islâmica.
Nesse caso, Maomé, quando este precisou fugir de Meca – instalando-se em Medina – e necessitava defender-se dos habitantes daquela cidade, precisando organizar um exército, e consequentemente dinheiro, recebeu a visita do anjo Gabriel, que fez a sugestão de assaltar caravanas. Com esta tarefa bem sucedida, Maomé conseguiu montar seu exército e combateu os habitantes de Meca, fazendo a imposição de sua religião a eles. Para Maomé, isso foi uma aprovação de Alá, como uma aprovação divina.
O Alcorão é visto como a representação da palavra de Alá (Deus) e, por isso, muitos seguidores lutaram contra aqueles indivíduos que não compartilhavam da mesma fé, travando guerras em nome de Deus.
Enfim, após conquistar Meca, Maomé fez com que o Islamismo fosse expandido. Mesmo após sua morte, seus quatro primeiros califas (seus sucessores) continuaram com a conquista de outros locais através de guerras santas, como aconteceu com a Palestina, Síria, Armênia, Egito e outros lugares.
Durante a Idade Média, aconteceram as Cruzadas – que eram um movimento militar-religioso – caracterizadas pela luta entre cristãos europeus e árabes com o objetivo de decidir quem controlaria a Terra Santa (região da Palestina).
Foi a Igreja Católica que organizou as Cruzadas para reconquistar aquele local. Esta também se tornou uma grande Guerra Santa.
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