Golpe militar é uma expressão. Golpe é um substantivo masculino originado no Latim colpus, que significa “movimento de força”, enquanto que militar é um adjetivo de dois gêneros, substantivo masculino, verbo transitivo indireto e verbo intransitivo, que vem do Latim miles, que quer dizer “soldado”.
O significado de Golpe militar busca descrever um golpe de Estado conduzido por integrantes das forças armadas e do exército de modo a ter controle do Poder Executivo e, como consequência, dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Sendo uma estratégia de tomada de poder considerada ilegal, o golpe militar se conceitua como a derrubada de um governo por meio de ações inconstitucionais e que acabam violando os princípios básicos de uma nação democrática: o voto livre, direto e secreto.
O golpe militar se remete ao conceito do golpe de Estado, pois se resume na ação violenta, por meio de uma força rebelde, para tentar se apoderar do governo. Nesse caso, a força se dá por meio dos militares, pois eles se sustentam por armas e de infraestruturas que possuem. É óbvio que um golpe militar irá contar com o impulso ou o apoio de setores civis que têm interesse em derrubar o governo.
Ou seja, o desejo de intervenção militar é visto como uma maneira de controlar certa situação que não é de responsabilidade direta do golpe militar. Tal golpe é um passo adiante para que o país entre em uma ditadura militar.
Aqueles que estão por trás do golpe militar elegem um novo presidente para a nação, que deve ser obrigatoriamente um militar de alta patente. Ainda, os golpistas realizam alterações na Constituição e instalam um regime bastante rígido contra aqueles que se opõem ao golpe (como, por exemplo, torturas, perseguições, prisões e mortes).
Aqueles que são contra o golpe militar são denominados de “criminosos políticos” e são submetidos a penas presentes na legislação militar instituída pelos golpistas.
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Durante a madrugada do dia 31 de março de 1964, o golpe militar no Brasil foi deflagrado contra o governo da época legalmente constituído de João Goulart. Mobilizando suas tropas, os militares foram capazes de tomar o controle de locais estratégicos do país e derrubar de forma inconstitucional o presidente atual.
O ato fez com que ele fosse deposto e o país foi assumido pelo chefe do exército General Humberto Castelo Branco.
O golpe militar de 1964 contou com o apoio de uma parcela dos quadros civis do Brasil. A oficialização se deu quando os militares apresentaram o Ato Institucional nº 1 à nação que desenvolvia mecanismos jurídicos para dar justificativas àquela tomada de poder.
Da mesma forma que em qualquer golpe militar, aqueles que eram contra tal golpe ou mesmo as sedes e instituições que apoiavam o antigo governo de Goulart, foram cunhados de “traidores da Nação”, sofrendo perseguições, prisões e mortes.
Na mídia da época, a intervenção miliar foi bastante defendida, pois acreditava-se que o Brasil estava caminhando para a implantação de um governo comunista, como da China ou Cuba.
O golpe militar começou a reduzir os direitos civis a partir do ano de 1965, além de estabelecer que as eleições deixassem de ser diretas, transformando-se em uma atividade exclusiva do Congresso.
A ditadura militar no Brasil durou até o ano de 1985.
A maior razão por trás do golpe militar que ocorreu em 1964 no Brasil estava na preocupação das pessoas conservadores de que o país iria se tornar comunista.
Além disso, naquele período Goulart apresentava propostas que poderiam ameaçar privilégios de classes, deixando as elites empresariais, conservadores e militares em alerta, como a reforma agrária, ampliação do voto aos analfabetos e a remodelação do sistema educacional vigente.
Por outro lado, essas propostas eram bem-vindas para os setores de esquerda, dos líderes trabalhistas e dos grupos nacionalistas.
No entanto, é importante lembrar que a nação estava com a economia bastante corroída nos anos de 1960, justamente por causa da onda de desemprego, da queda nos investimentos e na inflação.
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