Fenomenologia é um conceito filosófico que ao longo da história da filosofia foi se desenvolvendo e aparecendo com diferentes acepções, mas que no século XX se consolidou como o método filosófico dos existencialistas, tendo características próprias que se conectam com o seus significados do passado mas apresenta diferenças importantes.
A palavra fenomenologia vem do grego phainómenon, que podemos traduzir como “aquilo que se manifesta” e vem também de logia que é traduzida como estudo, e assim num primeiro momento, etimologicamente, fenomenologia pode ser entendida como o estudo daquilo que se manifesta.
A fenomenologia pode ser vista como uma corrente idealista dentro do campo de estudo da filosofia, pois foca na mente pensante, mais precisamente nos fenômenos intelectuais que se manifestam na mente. Assim, na fenomenologia estudam-se os fenômenos da consciência do indivíduo buscando-se interpretá-los, pois essa seria a realidade passível de apreensão. Com isso, podemos dizer que o método de reflexão fenomenológico é empirista e intuitivo.
Entre os grandes nomes da Fenomenologia no século XX podemos destacar nomes como Jean Paul Sartre, Martin Heidegger, Max Scheler, Maurice Merleau-Ponty e Edmund Husserl,
O tipo de fenomenologia desenvolvido por Edmund Husserl (1859-1938), e que virou o método por excelência dos existencialistas, pode ser chamado de Fenomenologia Transcendental. Husserl propôs um enfoque nos fenômenos que se manifestam para o indivíduo, buscando ver nesses fenômenos aquilo que se manifesta rigorosamente da mesma forma para todos, deduzindo daí universalidade e um caráter científico para o seu método.
Ao observar os fenômenos da consciência, Husserl, entende a única realidade sobre a qual se pode ter conhecimento, pois os sentidos nos dão meras impressões do real, e não permitem um contato com a realidade mesma. É somente no que se manifesta na mente que podemos ter uma relação direta de conhecimento. E ao identificar o que é universal nessa manifestação e o que é contingente, Husserl consegue também perceber a importância da intencionalidade na ação humana e em sua relação com esses fenômenos.
O termo fenomenologia nos remete também a obra do filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831), uma obra clássica mas que apresenta um conceito de fenomenologia diferente do que foi consagrado a partir das obras de Husserl. Hegel escreveu em sua Fenomenologia do Espírito uma tese filosófica complexa que buscou demonstrar como a história é o desenvolvimento do espírito absoluto. A humanidade caminha para se tornar cada vez mais complexa, mais consciente e mais sábia e esse caminhar ao longo do tempo e no espaço Hegel vê como a manifestação do espírito, do ser, que pode ser entendido também como Deus, que se desenvolve em busca de si mesmo e para voltar a si mesmo.
A obra do filósofo Edmund Husserl teve também um grande impacto no campo da psicologia, gerando toda uma escola psicológica conhecida também com o nome de Fenomenologia. A fenomenologia psicológica busca estudar e conhecer os fenômenos tais como se manifestam na mente para interpretar o comportamento dos indivíduos e propor-lhes ações para melhorar sua qualidade de vida, seus relacionamentos interpessoais ou mesmo para a cura de distúrbios mais graves.
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