O termo fênix designa um pássaro mítico, uma figura mitológica que simboliza a superação. A lendária Fênix morria em combustão e renascia, passado algum tempo, das próprias cinzas. Outros simbologismos associados à Fênix são o fogo, o sol, a felicidade, a vida, a ressureição, a renovação, a força, a longevidade e a imortalidade.
A ave, sob o ponto de vista da mitologia grega, é o mais belo dos animais e representa esperança e a noção de continuidade da vida após a morte. As penas que revestem a Fênix e sua plumagem resplandecem em cinco cores sagradas – roxo, azul, vermelho, branco e dourado. Curiosamente, a origem do termo vem de uma tradução imprecisa de um historiador grego, que se enganou ao atribuir o nome da palmeira (phoinix, em grego) ao pássaro.
Outras características da Fênix são a sua força, capaz de carregar cargas pesadas – até mesmo elefantes – durantes seus voos; a voz melodiosa, que demonstrava tristeza quando a ave sentia a proximidade de sua morte; suas lágrimas, que podiam proporcionar a cura; sua habilidade em “produzir” a própria morte, ao construir uma pira de ramos da árvore da canela, cujas chamas a queimavam; e seu poder em se transformar em uma ave de fogo, parecida com uma águia.
Estudiosos acreditam que a lenda da Fênix teve sua origem no Oriente, sofrendo adaptações pelos povos do Ocidente ao longo dos séculos. Na Antiguidade, a ave era um ser venerado por muitos povos como os gregos, os egípcios e os chineses. No Egito, a Fênix era especialmente admirada pelos habitantes de Heliópolis, onde era vista como a reencarnação do deus Rá.
Conta a lenda que, perto de ser consumida por seu próprio calor e morrer, a Fênix construía um ninho com os ramos da canela, onde punha ovos. Após a morte, uma nova Fênix reerguia-se das cinzas, coletava os restos de sua progenitora, guardava-os em um ovo de mirra e voava com ele até a cidade de Heliópolis, onde o colocava no Altar do Sol. Foram estas características particulares de morte e ressurreição que fizeram da Fênix um símbolo de força, imortalidade e renascimento.
Para os cristãos, a ave representava a renovação natural da vida, era uma maneira de explicar o nascer e o pôr do sol de todos os dias. Principalmente a partir da Idade Média, a Fênix passou a ser associada à ressurreição de Cristo, simbolizando a ave sagrada da ressurreição e o triunfo da vida sobre a morte, ou seja, o recebimento de uma nova vida em troca da que foi entregue para salvar a humanidade.
A associação da Fênix com o Sol é vista, também, nas simbologias grega e egípcia: para os gregos, a ave estava associada ao deus Hermes e representava a morte do Sol no horizonte para renascer no dia seguinte. Para os egípcios, estava relacionada à estrela “Sótis”, também chamada de estrela de cinco pontas, ou estrela flamejante, que é pintada junto ao pássaro. Para os chineses, a Fênix tem um simbolismo mais extenso, sendo uma representação de felicidade, virtude, força, liberdade e inteligência.