Feminazi é um acrônimo a partir da junção das palavras “feminista” e “nazista”. Feminista é um substantivo feminino com origem no Latim femella, que quer dizer “jovem do sexo feminino”.
Já “nazista” é um adjetivo de dois gêneros de origem no Alemão nazi, uma forma curta para nationalsozialist, uma maneira de referenciar o “Partido Popular Alemão Nacional-Socialista”.
O significado de Feminazi, classificando-o como substantivo feminino, se refere a mulheres que possuem um comportamento extremo ou radical com o foco na luta pela igualdade de deveres e direitos entre homens e mulheres.
Feminazi, na realidade, é um termo pejorativo para aquelas mulheres que se consideram feministas e militam contra as diversas formas de discriminação que o sexo feminino passa mesmo nos dias atuais.
Essas próprias formas de discriminação contra as mulheres possuem contextos políticos e sociais que tentam ser combatidos pelas “feminazi”, e por isso, tal tipo de mulher se apresenta com uma postura combativa, sabendo discursar – agressivamente, no entanto –, sobre o que realmente pensa.
O uso do termo “feminazi” tenta terminar esse debate, rotulando a mulher como contrária aos homens, pois está ousando ultrapassar os limites que lhe são impostos.
A palavra “feminazi” foi utilizada pela primeira vez no ano de 1990 por um radialista conservador. Naquela época, o uso do termo serviu para indicar as mulheres que defendiam a interrupção da gravidez, isto é, do aborto. Para o radialista Rush Limbaugh (o criador do acrônimo), uma feminista teria como coisa mais importante na vida a garantia de que “seria realizado o maior número possível de abortos”.
Muito popular nos dias de hoje, “feminazi” não aborda mais somente esses direitos reprodutivos, mas a própria igualdade de direitos como um todo. Pelas redes sociais, é possível visualizar situações em que o uso do termo feminazi é utilizado para deslegitimar ou alterar a real intenção por trás do discurso de uma mulher feminista.
Pelo conhecimento histórico e até pela falta de interesse no reconhecimento, o feminismo e o nazismo são antagônicos.
Embora as mulheres feministas possuam posicionamentos que nem sempre poderão ser aprovados pela sociedade (afinal, tais mulheres visam direitos iguais aos homens), a combinação com o “nazismo” é feita de uma forma preconceituosa e ignorante.
A razão é simples: o feminismo e o nazismo são contrários em suas linhas de pensamento e ação – o primeiro visa a inclusão, enquanto o nazismo tinha como principal objetivo a exclusão de minorias, em especial dos judeus.
Na época da Segunda Guerra Mundial, o próprio nazismo foi contra o movimento feminista e também perseguiu ativistas, além de declarar o aborto como crime e fechando várias clínicas de planejamento familiar.
A relação de feminismo com nazismo tem o costume de fazer uma apologia à superioridade das mulheres em comparação aos homens. Contudo, essa visão faz parte do Femismo.
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